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FEDERAÇÃO DE FUTEBOL-FFP

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terça-feira, 7 de junho de 2011

LIBERDADE DE IMPRENSA: HUMORISTAS LIDAM COM LIMITES


           Por TAYNARA MAGAROTTO
     SÃO PAULO - Foi-se a época da censura. Foi-se a época da ditadura. Foi-se a época em que era preciso pensar três vezes antes de escrever um artigo de opinião ou sobre algo polêmico. Será? Pois muitos discordam disso. Sem sombra de dúvidas, estamos vivendo em uma sociedade que, cada vez mais, demarca os limites da imprensa, não tira os olhos das matérias publicadas - e nem de sites - e blogues pessoais de jornalistas/artistas/humoristas renomados.
     E onde fica a tal liberdade de expressão? Pulando para o campo do humor, a situação se torna mais delicada. É processo em cima de processo para quem sai da linha um centímetro. E os tiros chegam por todos os lados. Com o Twitter, ficou ainda mais fácil virar alvo de polêmica e exemplo do politicamente incorreto.

      Sem querer levantar a bandeira de ninguém, e muito menos colocar mais lenha na fogueira, o Famosidades foi atrás de artistas do ramo no Dia na Liberdade de Imprensa para, justamente, tentar entender porque está tão difícil fazer humor no Brasil sem ofender ninguém. Para começar, vamos com um exemplo recente. Não se ouviu falar de outra coisa nas últimas semanas do que na polêmica envolvendo Marcos Mion, Nany People e uma ONG gay. Tudo surgiu de uma brincadeira que o apresentador do “Legendários” fez durante o programa da Record no quadro “Vale a Pena Ver de Direito”.
     Na atração, Mion aponta momentos curiosos em alguns programas de TV ou vídeos de internet. No caso, o apresentador destacou uma cena em que Nany People aparecia e perguntou: “Ô, Nany, como você faz para esconder o pacote?”. Ele se referiu, como todos devem imaginar, ao órgão sexual da transformista.
     E daí que surgiu uma confusão digna de novela. No dia seguinte, uma ONG brasileira se sentiu no direito de processar Marcos Mion por discriminação e ainda usou o nome da drag queen. Ao Famosidades, a comediante disse que é muito amiga de Mion: “Conheço o Mion há muito tempo. Uma ONG foi lá e o processou porque sentiu que ele tinha sido homofóbico. Achei uma estupidez. Até porque eu sou amiga dele de longa data e o conheço. Se ele tiver que zoar a mãe dele,  ele zoa. Ele perde o amigo, mas não perde a piada”.
Famosidades.com

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