DENUNCIA IRREGULARIDADES NA GESTÃO FMS MOVIMENTA POLÍTICOS

      FALTA DE MEDICAMENTOS, MÉDICOS, ESTRUTURAS BÁSICAS EM POSTOS DE SAÚDE E HOSPITAIS ESTÃO NO COTIDIANO DOS "CARENTES" ATENDIDOS PELO SUS EM TERESINA - 'SAÚDE DE REFERÊNCIA; AMOSTRAGEM DE SUPOSTAS IRREGULARIDADES NA TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS DA FMS/2008 E 2009 - GESTÃO FIRMINO E JOÃO ORLANDO, APRESENTADO PELO DEPARTAMENTO NACIONAL DE AUDITORIA DO SUS, DIVULGADO NA MÍDIA (Acessepiauí), MOVIMENTA VÁRIOS SETORES POLÍTICOS DO ESTADO - A SAÚDE PEDE S.O.S... confira material da denuncia:
 

Por Rodrigo Antunes

Um relatório divulgado pelo Departamento nacional de Auditoria do SUS (Denasus) mostrou supostas irregularidades na transferência de recursos da Fundação Municipal de Saúde entre os anos de 2008 e 2009. No período, a presidência da instituição esteve em poder do atual deputado Firmino Filho e de João Orlando.

Segundo o relatório, cerca de R$ 16 milhões vindos do governo federal para a fundação teriam sido transferidos para o mercado financeiro, tirando assim recursos para a compra de medicamentos básicos, e para pagamentos de procedimentos de alta e média complexidade. A denúncia foi apresentada pelo presidente do SintsPrevs, Inácio Schuck, que também integra o Conselho Municipal de Saúde.

- Com a retirada desse dinheiro alguns hospitais, inclusive o HUT tiveram atraso nos repasses, prejudicando assim a população; conta Inácio.

Ainda no relatório, no ano de 2009 mais dinheiro foi retirado para a aplicação no mercado financeiro. Desta vez, R$ 14,7 milhões foram encaminhados para o mercado. A dúvida do conselho é se os recursos foram aplicados para a melhoria da saúde do município ou para outros fins.

- Esta é uma ação imoral. É obrigação da fundação gerir esses recursos encaminhados para o município. Queremos saber se esse dinheiro foi voltado para a melhoria da população ou para caixa 2 de campanha; pontuou Inácio.

Com o relatório em mãos, os conselhos estadual e municipal de saúde irão dar o parecer e encaminhar a constatação ao Ministério Público Federal a fim de dar seguimento ao processo. O integrante do conselho municipal, Inácio, caracteriza a saída do dinheiro como uma anomalia no Sistema Único de Saúde, uma vez que a prefeitura alega não ter recursos suficientes para manter a saúde do município.

Gestor não teria nada a ver com a saída dos recursos

A assessoria do deputado Firmino Filho explicou que a transferência dos recursos, na época, em nada dependiam da presidência da fundação e sim do setor financeiro. No período, o próprio Banco do Brasil foi quem destinou os recursos para o mercado financeiro tendo logo em seguida a ordem da FMS para a devolução.

O assessor informou ainda uma reunião, ontem, entre os técnicos da auditoria do SUS e a direção da FMS para esclarecer o equívoco.