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FEDERAÇÃO DE FUTEBOL-FFP

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domingo, 21 de agosto de 2011

TURBULÊNCIA: DÉFICIT APRESENTA RISCO DE NOVA RECESSÃO

 Estudo revela que, presos em uma lógica eleitoral, líderes de algumas das maiores economias do mundo estão de mãos atadas para fazer reformas profundas que permitiriam a retomada do crescimento, mas seriam altamente impopulares.Três anos depois da crise que provocou a pior turbulência desde os anos 30, a economia mundial é seriamente ameaçada pelo risco de nova recessão. Desta vez, a crise não é apenas dos bancos, mas também da impotência de governos diante de buracos colossais em suas contas e de um profundo déficit de liderança política.
Segundo levantamento da consultoria Roland Berger, 24 países sofrerão mudanças em seus governos e 53% da população será afetada. Quatro dos cinco países do Conselho de Segurança da ONU - que representam 40% do PIB global - passarão por uma troca no comando em 2012, em mais um obstáculo às reformas.
Para especialistas e diplomatas consultados pelo Estado, todas as promessas dos líderes do G-20 em 2008, de que iriam 'refundar o sistema financeiro internacional', não saíram do papel e o máximo que se obteve foram alguns acordos para remendar problemas e ganhar tempo. Agora, esse tempo acabou.
Em 2008, a ameaça de quebra de bancos obrigou Estados a intervir na economia, estatizar 
instituições e suprir créditos ao setor privado. Três anos depois, a constatação é de que esses Estados estão quebrados. Na Europa, vários cortes de orçamentos foram realizados e continuam a ocorrer. O último foi na Itália, que na sexta-feira anunciou redução de 45 bilhões em seu orçamento em dois anos. A França fará o mesmo nesta semana.
No total, a Era da Austeridade já tirou dos países ricos 400 bilhões em dois anos. Mas foi apenas nos últimos meses que esses cortes começaram a fazer efeito: 70 estradas tiveram as obras paradas na Espanha, 1,7 mil prédios públicos estão à venda na França e prefeituras foram simplesmente abolidas na Itália.
O impacto na economia tem sido explícito, até mesmo para construtoras brasileiras que haviam obtido contratos na Península Ibérica, agora anulados. Na Irlanda, com o corte esperado de 15 bilhões no orçamento de 2011, o número de falências no setor privado já aumentou 25%.
Levantamentos feitos pela Organização para a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e pelos bancos HSBC e JP Morgan também já apontam para o freio na recuperação mundial diante das políticas de austeridade.
Para Supachai Panitchpakdi, secretário-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), o mundo perdeu nos últimos dois anos 'a grande oportunidade de fazer reformas profundas'. 'Com alguns sinais de crescimento, governos voltaram a agir como se nada tivesse ocorrido. Mas aquela era a nossa melhor chance e foi jogada fora.'
Fonte: Estadão


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