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FEDERAÇÃO DE FUTEBOL-FFP

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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

DENÚNCIA: INDÚSTRIA FARMACÊUTICA REDUZ Nº MEDICAMENTOS NAS CARTELAS

A Ciência da Saúde vem sendo gerenciado pelo lado econômico, na fobia do consumismo como denuncia o clinico geral e medico do trabalho, Dr. Eli; sempre em parceria com a Coluna InforMalho, e em busca de providências envia esse artigo dando conta que uma terapia correta à base de antibióticos não está tendo o tempo certo na administração da medicação e, cujas consequências são imprevisiveis: infecção mais grave e perigosa - resistência ao medicamento (superinfecção) e, complementar a Indústria Farmacêutica, "lucrativamente", está habituada a colocar nas cartelas uma quantidade menor do que o necessário para uma antibioticoterapia adequada.


 A     INDÚSTRIA  DA  RECIDIVA
*Dr. MOISÉS ELI MAGRISSO
 Uma terapia correta à base de antibióticos,  necessita de um tempo certo tanto quanto ao número de dias em que deve ser administrado, quanto aos intervalos de administração.   Para menos poderemos ter a recidiva cujas consequências são imprevisíveis, podendo uma infecção voltar de forma mais grave e perigosa, alem da resistência ao medicamento.  Para mais, poderá surgir a chamada superinfecção  dando origem a microorganismos oportunistas.

A lucrativa  Indústria Farmacêutica está habituada a colocar nas cartelas, uma quantidade sempre menor do que o mínimo necessário para uma antibioticoterapia adequada.  Com isso economizam matéria prima, royaltes, impostos, embalagens, e ainda lucram com a necessidade do paciente comprar novamente o medicamento pelo retorno da infecção. Medicamentos  à base de amoxicilina que normalmente nunca devem ser administrados por menos de 10 dias, e raramente acima de 15 dias, já estão resistentes, porque as embalagens oferecem tratamento para apenas 7 dias, inclusive as distribuídas em postos de saúde.     Esta já antiga resistência pelo uso inadequado, incentivado pela posologia sugerida na bula do medicamento, deu origem à associação com uma substância chamada  Clavulanato, extremamente cara para os padrões médios de nossa população, cuja apresentação também é menor do que o mínimo necessário para o combate da maioria das infecções, que certamente criará resistência no futuro.
Azitromicina com embalagens de 3 comprimidos, que deveria ser para complementar algum tratamento mais longo, descaradamente orienta em sua bula, a administração de apenas 3 dias para a maioria das infecções de seu espectro de ação, o que é um crime contra a saúde pública.  A recidiva é quase certa e a resistência no futuro é altamente provável.  Seja qual for o tipo de infecção, é inadmissível o uso de azitromicina por menos de 5 dias.
Um tratamento para combater o Helicobacter pylorum, um microorganismo que perpetua as úlceras pépticas, necessita da associação de quatro medicamentos,  incluindo 3 tipos de antibióticos cujo tratamento deveria ser no mínimo  de 10 dias. Cada caixa custa em torno de 100 reais, preço totalmente injustificável,  pois trata-se de associações que à muito entraram em domínio público, isento de royaltes ou direitos de pesquisa.
Gostaria de lembrar que o Helicobacter Pylorum que já está ficando resistente ,  é uma das causas de câncer no mediastino.   A Organização Mundial de Saúde preconiza 14 dias de tratamento,  mas para a ANVISA, 7 dias está de bom tamanho, ignorando as conseqüências.
Para aumentar a lucratividade,  as embalagens contém  cartelas para apenas 1 semana de tratamento, E deixa duas alternativas para o paciente:  ou compra outra caixa gastando uma fortuna, ou se submete a uma provável recidiva.  Qualquer das duas alternativas entra no jogo da obsessão da Indústria Farmacêutica em obter lucro a qualquer custo.
Tornar público essas informações, é a única esperança que me resta para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária tome providências para eliminar a "INDÚSTRIA DA RECIDIVA", cuja  Ouvidoria que é surda e muda,  não ouve e não responde, e a Agência não toma providências,  uma vez que há mais de 6 anos e, por diversas vezes, estou alertando para este problema.
Depois de muita insistência, recebi como resposta,  a citação de um artigo escrito na revista médica "JAMA" de 1999, preconizando os famigerados 7 dias de tratamento.
A ANVISA se esqueceu que estamos em 2011.
*Dr. MOISES  ELI  MAGRISSO  -  CREMERS 8708                                                                      Clínico Geral e Médico do Trabalho

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