REFORMADO MARACANÃ SE DISTANCIA DO ESTADUAL

MARACANÃ TRANSFORMADO EM ARENA MULTIUSO - ADMINISTRAÇÃO EM DISPUTA

Foto: Gilva de Souza - texto: Bruno Marinho 

Principal palco da Copa do Mundo de 2014, sede das cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos de 2016, o Maracanã é um sonho possível para Flamengo e Fluminense. Até a data prevista para a reabertura do estádio, em dezembro de 2012, os clubes contarão com um ano e quatro meses para se planejarem, caso realmente queiram encarar a pedreira que será a sua licitação.

Inicialmente, Flamengo e Fluminense serão obrigados a abrir uma empresa gestora ou então se aliarem a parceiros que possuam liquidez financeira e que estejam em dia com os impostos. Isso porque, com dívidas que somadas chegam a R$ 700 milhões, os dois clubes não são capazes de obter as certidões negativas de débito necessárias para participarem da disputa.

Pedro Gali, advogado da empresa Eagle Consultoria e Assessoria, que presta serviços para empresas interessadas em participar de licitações públicas, destacou que os planos da dupla dependerão do estudo que ainda será feito a pedido  do Governo do Estado para a definição do formato do edital:

- Isso vai determinar a estratégia que Flamengo e Fluminense terão de adotar. Mas os clubes terão tempo para verem se será possível realmente participarem da licitação, com chances de sucesso.

Conforme o LANCENET! antecipou, os presidentes Peter Siemsen e Patricia Amorim já iniciaram conversas com o intuito de apresentarem projeto conjunto para a administração da arena multiuso na qual o Maracanã será transformado.

Dupla terá de provar capacidade de gestão

A privatização do Maracanã após o Mundial de 2014, projeto revelado pelo governador Sérgio Cabral em entrevista ao LANCENET! em maio, terá como condição o cumprimento de uma série de exigências que irão além do valor mínimo de proposta e da apresentação da documentação exigida no edital. É certo que o grupo vencedor terá de provar ser capaz de gerir o estádio.

- O interesse público se sobrepõe ao particular. Se for do interesse do estado, ele pode exigir condições, como a prestação de serviços de manutenção e melhorias no estádio. Mas tudo isso terá de estar no edital - disse Pedro Gali.