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FEDERAÇÃO DE FUTEBOL-FFP

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terça-feira, 9 de agosto de 2011

DELEGADOS APLICAM MOVIMENTO PAREDISTA: 48 HORAS

PESQUISA APONTA CRESCIMENTO DE HOMICÍDIOS DE MAIS DE 100 POR CENTO
Falta estrutura nas distritais
O município de Teresina está numa escala ascendente galopante com relação ao número  de crimes letais intencionais. Num curto período de quatro meses, entre abril e julho, o número de assassinatos na Capital do Piauí teve um aumento de 108% (cento e oito por cento); os dados são de uma pesquisa mensal realizada pelo Sinpolpi - Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Piauí(vide gráfico). E, mesmo com esses números hiper-preocupantes às autoridades karnaquianas não busca ouvir, atender e melhorar as condições de trabalho das categorias que trabalham na área de Segurança Pública no estado do Piauí.
Novo movimento paredista na Secretaria de Segurança e, pela primeira vez na história, desta feita a manifestação é promovida pelos Delegados de Polícia que fazem esse "alerta" de 48 horas para chamar a atenção do governo do estado para atender as reivindicações da classe.


Del. Sebastião, Sind. Delegados


Hoje, 09/08 e amanhã, 10/08 a partir das 8h, os delegados estão concentrados em frente ao Palácio do Karnak (a decisão é política), cujo objetivo é tentar sentar e negociar com o governo as suas reclamações mais imediatas. Dentre as reivindicações da categoria estão a contratação de mais delegados para atender a demanda dos municípios do Piauí que é muito grande; melhorar a estrutura das delegacias no interior com a aquisição de material de expediente; e o retorno das gratificações cortados dos seus vencimentos pelo governo que alega crise.
De acordo com o presidente, delegado Sebastião Alencar, a Polícia Civil do Piauí conta com apenas 149 delegados para atender a demanda dos 224 municípios do estado. Ele destacou  ao Portal Rg que 39 delegados aprovados no último concurso, já passaram pela academia e já estão prontos para serem nomeados, mas ainda não tiveram uma resposta do governo.
Sebastião disse ainda que o governo cortou nos contra-cheques dos delegados, todas as gratificações correspondente a R$ 1,500,00, como horas extras, risco de vida, periculosidade, dentre outras.

E, enquanto o governo não investe na melhoria da Segurança os números da pesquisa são assustadores, em abril foram registrados 12 assassinatos em Teresina, já em julho este número subiu para 25 casos. A pesquisa mostra que a criminalidade cresceu significativamente no período. Em maio aconteceram 14 homicídios e/ou latrocínios e em junho o número já deu um salto gigantesco pulando para 23 casos.
Com relação ao mês de julho a pesquisa mostra que na Capital do Piauí, registrou-se mais do que o dobro do número de assassinatos no referido quadrimestre. Em julho, em todo o Estado aconteceram 43 assassinatos e somente em Teresina ocorreram 25(58%) destas mortes. Sendo mais da metade(56%) praticados por instrumentos pérfuro-contundentes, mais conhecidos por “bala” oriundos de uma arma de fogo.
Nos últimos três meses a zona mais violenta da capital continua sendo a Leste. Sendo que neste mês de julho, nesta zona ocorreram 10(40%) casos, seguida pela Sul com 06(24%), Sudeste com 05(20%) e por último a Norte com 04(16%) dos assassinatos ocorridos em Teresina.
Dentre os municípios, o mais violento no mês passado foi Elesbão Veloso a cerca de 130 quilômetros ao Sul da Capital que registrou três assassinatos. Um lavrador matou a ex-esposa e a mãe dela com golpes de faca e foi abatido pelo ex-sogro a tiros de espingarda. Em segundo lugar ficaram os municípios de Parnaíba, Picos e Altos, na Grande Teresina com um total de dois casos cada.
No interior a situação é ainda pior porque falta até mesmo autorização de abastecimento para o combustível das viaturas. Há cidade em que são apenas R$ 50,00 (cinqüenta reais) destinados a compra da gasolina para o mês inteiro, valor irrisório porque são grandes distâncias a percorrer, principalmente agora que não há delegacias com policiais civis em muitas cidades do estado e uma central de flagrante fica em um município distante o que obriga a grandes deslocamentos.
Existem muitos casos em que os policiais estão pagando do próprio bolso o combustível consumido pela viatura quando a vítima, vendo a precariedade da delegacia e no desejo de ver o problema solucionado, não banca o combustível.

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