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FEDERAÇÃO DE FUTEBOL-FFP

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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Artigo: "QUEM SALVA UMA VIDA, LUTA PELA HUMANIDADE"

Dr, Eli Magrisso
Material enviado pelo médico do trabalho Moises Eli Magrisso, profundo colaborador e guerreiro pelos temas de saúde.

A Obsessão pelo lucro a qualquer custo por farmácias de segunda linha que praticam a empurroterapia, a aquisição de medicamentos no serviço público brasileiro através de licitações com critério de menor preço sem a preocupação com a qualidade, e o insuficiente controle por parte da ANVISA de antihipertensivos que trazem resultados muito inferiores ao mínimo exigido por lei, tem aumentado assustadoramente os casos de crises hipertensivas, Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC), infartos e óbitos em quase todo o Brasil.
 No programa farmácia popular de distribuição gratuita de medicamentos, já encontramos antihipertensivos de excelente qualidade, porém há uma ampla possibilidade de troca por outros de qualidade inferior, também oferecidas por este programa.
 Segundo informações da ANVISA, quando se iniciou o movimento em prol de medicamentos mais seguros e eficazes, esta Agência, em 2003, publicou várias Resoluções para o registro, renovação de registro e alterações pós registro de medicamentos, de modo a exigir dos similares comprovação de segurança, eficácia e similaridade técnica (equivalência farmacêutica e biodisponibilidade relativa  ao medicamento eleito como referência).
 Tendo como objetivo uma maior lucratividade, somados à irresponsabilidade com a saúde da população,  algumas indústrias farmacêuticas, para ganhar licitações e conquistar vendas em farmácias descompromissadas com a ética, após obterem o registro de autorização, começaram a baixar a qualidade de seus produtos, usando insumos baratos e sem qualificação. 
Estas empresas dominam o mercado na venda de antihipertensivos, e muito mais do que se imagina, estão causando danos à saúde pública, e sem serem investigadas, deverão renovar seus registros apenas em 2014.  Até esta data, quantos já sofreram e quantos serão vítimas de derrames cerebrais, infartos, crises hipertensivas e até mesmo o óbito?
 É inacreditável e ao mesmo tempo inadmissível que a vigilância sanitária não tenha o mínimo controle sobre estes medicamentos. Foram inúmeras às vezes em que alertei para este problema, porém o canal de comunicação entre a ANVISA e os profissionais da saúde é pior do que a qualidade destes produtos.
 A suposta economia que a administração pública imagina obter ao comprar estes medicamentos com baixo custo nas licitações, e a não retirada de circulação desta verdadeira “gandaia” farmacêutica, será substituída por despesas altíssimas, verdadeiras fortunas  em hospitalizações, medicações caríssimas, enfermagem especializada, fraldas descartáveis e permanência na UTI das pobres vítimas que terão um AVC ou Infarto pela pouca eficácia destes medicamentos, sem contar o óbito cuja vida não tem preço. 
Como se não bastasse o péssimo atendimento pelo SUS, onde o encaminhamento para especialistas, a realização de exames mais sofisticados e a marcação de cirurgia exigem às vezes uma longa espera que pode levar alguns anos, temos ainda que conviver com esta crueldade no fornecimento de medicamentos que agem quase como placebos.
Se o Ministério da Saúde não toma providências, a única solução é fazer uma corrente entre os médicos e pacientes, exigindo o mais rápido possível que todos os medicamentos antihipertensivos, independente de serem genéricos ou similares, tenham obrigatoriamente os testes de biodisponibilidade e bioequivalência, com renovação anual de registro, e não apenas a cada 10 anos.
São testes caros e os laboratórios de má qualidade fogem desta exigência, não apenas pelo alto custo dos testes em si, mas porque se obrigam a fabricar medicamentos com substâncias de primeira linha, o que aumentaria o preço final do medicamento, desestimulando a empurroterapia.
 
 
QUEM SALVA UMA VIDA, SALVA UMA HUMANIDADE.
 
Dr. MOISES ELI MAGRISSO – CREMERS 08708

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