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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

ESCÂNDALO LEVA DEMISSÃO A MINISTRA DA CASA CIVIL


Erenice, em explicações...

     O escândalo envolvendo a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, veio à tona na edição de VEJA desta semana. A reportagem detalha um esquema de lobby chefiado pelo filho da ministra, Israel Guerra, dono da empresa Capital Assessoria e Consultoria. Israel intermediava contratos milionários entre empresários e órgãos do governo, como os Correios, mediante o pagamento de uma “taxa de sucesso”. As reuniões que selavam a negociação eram feitas na presença de Erenice. A ministra negou tudo. No debate entre os presidenciáveis organizado pela Rede TV!, no domingo, 12, a candidata do PT, Dilma Rousseff,  tentou amenizar a questão política do caso. “Não vou aceitar que se julgue a minha pessoa com base em uma denúncia contra o filho de uma ministra”, minimizou. 
     Na manhã de segunda-feira, 13, a Casa Civil sofreu a primeira baixa. O assessor jurídico da Casa Civil, Vinícius Castro, parceiro de Israel na empresa Capital Assessoria e Consultoria, pediu demissão por meio de uma carta de sete linhas. O jornal O Estado de S. Paulo noticiou que a irmã da ministra, Maria Euriza Alves Carvalho, também utilizou o cargo de confiança que tem no Ministério de Minas e Energia para contratar, sem licitação, o escritório de advocacia do próprio irmão delas, Antônio Alves Carvalho. No mesmo dia, o jornal O Globo destacou que Israel já havia ocupado um cargo comissionado na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e seus sócios na Capital também mantinham relações com a agência.
     Apuração - Apesar de negar qualquer envolvimento com o caso, Erenice enviou um ofício à Comissão de Ética Pública da Presidência solicitando uma apuração sobre sua conduta diante do esquema e colocando à disposição seus sigilos bancários, fiscal e telefônico. A comissão abriu um procedimento preliminar para avaliar se houve desvio ético da ministra, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu que ela permaneceria no cargo e escalou ministros para responder às denúncias, blindando a ministra e a candidata Dilma Rousseff.
    Na terça-feira, 14, a Polícia Federal (PF) anunciou que iria investigar o caso de tráfico de influência na Casa Civil, mas Erenice não seria considerada suspeita. A ministra solicitou que a Controladoria Geral da União (CGU) e o Ministério da Justiça também apurassem o episódio. Na quarta, 15, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou que o Ministério Público (MP) iria acompanhar o inquérito da PF e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, defendeu o afastamento da ministra da pasta. Erenice não compareceu aos eventos públicos antes marcados em sua agenda.
     Nesta quinta-feira, 16, nova denúncia do jornal Folha de S. Paulo enterrou de vez a possibilidade de Erenice se manter no cargo: Israel Guerra também havia cobrado dinheiro de uma empresa para obter liberação de empréstimo no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No fim da manhã, foi anunciado o afastamento de Erenice Guerra da Casa Civil.
Fonte: Veja

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