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segunda-feira, 30 de abril de 2012

CASO DÉCIO SÁ: "CONSÓRCIO PARA CALAR À IMPRENSA"

POLÍTICOS E EMPRESÁRIOS NA LISTA  INVESTIGATIVA 
                                                                                    Reprodução
Sigilosamente a Polícia do Estado do Maranhão investiga com afinco a possibilidade de ter sido formado "um consórcio" para mandar matar o jornalista Décio Sá, 42 anos, às 22h40min da segunda-feira, 23 , no bar Estrela do Mar, na avenida Litorânea, em São Luis, com seis tiros de pistola ponto 40. Décio levou três tiros na cabeça e três nas costas, como confirmou a perícia no final da última sexta-feira. Do "consórcio" participariam políticos e empresários, a exemplo do que já ocorreu em outras capitais do Nordeste em mortes de profissionais de imprensa.

Depois de surgirem indícios de que o jornalista foi morto pelo que preparava para publicar nos próximos dias e de que poderia ter sido formado o "consórcio" para bancar a execução, o secretário de Segurança Pública do Estado do Maranhão, Aluisio Mendes, decretou sigilo absoluto em torno das investigações, cuja sede foi transferida da delegacia de homicídios para a Superintendencia de Polícia Civil do Estado do Maranhão.

Avanço
A Polícia Civil, que conta com a ajuda da Polícia Federal no Maranhão, está preocupada com a segurança de um homem que se encontra preso já com determinação judicial e que teria alguma participação no crime. O maior avanço nas investigações ocorreu na manhã deste domingo, 29, quando foi descoberto que as balas que atingiram Décio são de lotes adquiridos pela Polícia Civil, Militar, Federal, Rodoviária Federal ou de clubes de atiradores profissionais. Esse tipo de munição só pode ser adquirida por essas categorias, que assinam documento todas as vezes em que precisam de recarrego. A Polícia já sabe que as que atingiram Décio são de lotes diferentes: uma pode ter saído da PM, outra da Civil,  e as outras dos clubes de atiradores. É uma clara manobra para dificultar a identificação principalmente dos mandantes, segundo análise da força tarefa que cuida do caso.

Em Teresina
Um importante policial da Secretaria de Segurança do Estado do Maranhão esteve no final de semana em Teresina e revelou para este repórter que a notícia dada em primeira mão por este portal, segundo a qual havia investigação de que Décio poderia ter sido assassinado como forma de impedir que ele publicasse levantamento que tinha feito nos últimos dias, é rigorosamente verdadeira. Esse policial veio a Teresina por outros motivos e não para investigar alguma coisa sobre a execução do jornalista maranhense.

"Consórcio"
A história de crimes contra jornalistas no Nordeste têm registros de que "consórcios" são formados para eliminá-los por vários motivos. Um deles é dificultar a punição dos mandantes, geralmente pessoas que ganharam muito dinheiro através de atividades ilegais como tráfico (principalmente de cocaina), agiotagem ou grandes desvios de recursos públicos. A própria suspeita de que essas pessoas estariam envolvidas já seria uma maneira de intimidar a investigação, principalmente em estados onde ainda prepondera a influência econômica e política sobre atividades técnicas.
Essa prática tem uma característica, segundo comentário que me foi feito nas últimas horas por um policial de grande experiência: os agentes da pistolagem procuram reunir aqueles que têm em comum a ira pelo profissional. Muitos recusam a oferta, mas alguns, dominados pelo ódio, acabam participando na certeza de que jamais serão alcançados."Isso já ocorreu algumas vezes no Nordeste", comentou o policial pedindo omissão de seu nome em provável noticiário
Feitosa Costa/GP1                                           

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