INVESTIGAÇÃO APONTA DESCASO PELA SEGURANÇA PÚBLICA

Nesta manhã de segunda-feira, dia 14/02/2011, o Sinpolpi foi procurado por policiais civis, lotados no 8º Distrito Policial, informando que as viaturas da Segurança Pública não foram abastecidas no posto de combustível que é autorizado pela Secretaria de Segurança, pois o estabelecimento alega falta de pagamento por parte do Estado do Piauí. Ressalta-se que, antes, a cota de cada carro era 50 litros, sendo reduzido para 25 litros, depois para 20 litros, e atualmente o abastecimento foi cancelado pelo posto.       JORNALISMO INVESTIGATIVO:       Um escândalo na Segurança Pública do Piauí: cada viatura só pode abastecer 25 litros de gasolina a cada dois dias. A medida vale para Teresina e para os municípios do interior do Estado. Pior: existe uma carência de 1,5 mil policiais civis nas delegacias do Piauí. Ainda não acabou: na cidade de Picos, existem 3 delegacias interditadas, a mesma Secretaria de Segurança Pública, que não tem dinheiro para o combustível das viaturas, paga, ao irmão de um deputado aliado do Governo do Piauí, a importância mensal de R$ 5 mil pelo aluguel de uma casa que serve como delegacias em território picoense. O raio X da segurança pública no Piauí é feito por jornalistas investigativos. O que se constata de norte a sul do Estado é um quadro de omissão e negligência do Estado, em fazer o seu papel no quesito ‘segurança pública’.      Uma das situações mais alarmantes pode ser constatada em Picos, um dos mais importantes municípios do Piauí. A cidade fica situada em um entroncamento na região do polígno das drogas e da pistolagem. Lá, encontrou um único policial, à noite, para fazer a guarnição de uma casa em que funcionam as delegacias do 1º, 2º, 3º DPs, Delegacia da Mulher e Regional. Sob a responsabilidade do policial estavam armas (as usadas em crimes que se encontram em poder da polícia), drogas, carros apreendidos, viaturas e uma pilha de inquéritos que ainda estão sendo investigados. Uma constatação difícil e vergonhosa: ‘Meu caro jornalista, aqui em Picos só fica um policial à noite por plantão. Só mesmo para servir como vigia’, lamenta o investigador Joel Joaquim dos Santos.      A casa, situada à Avenida Severo Eulálio, que abriga as delegacias, pertence ao empresário Weimar, irmão do deputado estadual Warton Santos (PMDB), aliado do Governo do Estado. Pelo aluguel, Weimar recebe mensalmente ‘a bolada’ de R$ 5 mil. Enquanto isso, as três delegacias da cidade estão interditadas sem que o poder público demonstre preocupação em sair do aluguel. Tanto que o 1º DP está interditado há 8 anos. Abandonado, o prédio serve como abrigo para maconheiros e como motel.        TERESINA, A CAPITAL, NÃO FICA ATRÁS       Caótica, a situação das delegacias situadas em Teresina representa o que existe de mais desrespeitoso aos direitos dos policiais e dos presos. Verdadeiros amontoados humanos nas celas, sob ‘o olho fechado’ de quem representa os direitos humanos. Policiais, escancaradamente, têm sua função desviada: deixam de fazer o trabalho de policial judiciário para se transformarem em carcereiros (eles não passam por nenhum treinamento neste sentido).         E A GASOLINA?…      Os jornalistas investigativos descobriram que até pouco tempo atrás, a Secretaria de Segurança do Piauí liberava até 50 litros de gasolina, por viatura, por cada dois dias em Teresina. Pasmem! Mesmo com a violência crescendo a cada dia, mesmo com a guerra deflagrada pelo Governo do Piauí contra a cracolândia que toma conta do Estado, a Segurança Pública cortou pela metade a quantidade que cada viatura pode abastecer (ficou em 25 litros a cada dois dias).       É O CAOS NA SEGURANÇA      O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi), Cristiano, só tem uma palavra para definir toda a situação da Polícia Civil do Estado: ‘Caos, é a palavra que define bem a situação; vivemos um caos…’. Fontes: Ai5piaui/Sinpolpi