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terça-feira, 31 de julho de 2012

CASO CACHOEIRA, CHATAGEM PROVOCA MULTA E PRISÃO

CPI REFORÇA: "ANDRESSA ASSUMIU PAPEL DE COMANDO NA ORGANIZAÇÃO"
Atualização: 12h08

Casal: Cachoeira e Andressa
O escritório do ex-ministro Márcio Thomaz Bastos deixa oficialmente hoje a defesa do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A saída será protocolada no processo, sem pronunciamento formal.
A detenção de Andressa Mendonça, mulher de Cachoeira, foi o estopim. Mas a crise já se alongava durante semanas. Thomaz Bastos já estava fora do caso há duas semanas. Recentemente uma advogada de seu escritório, Dora Cavalcanti, foi agredida verbalmente por Cachoeira.
Segundo advogados da equipe, não há previsão de pagamento por ressarcimento ao réu.
Ontem, a noiva do empresário, Andressa Mendonça, foi detida sob suspeita de tentar corromper o juiz responsável pela Operação Montecarlo, que resultou na prisão do empresário. Ela prestou depoimento e pagou fiança de R$ 100 mil para ser liberada. Segundo o juiz federal Alderico Rocha Santos, Andressa o ameaçou com a divulgação de um dossiê contra ele caso a prisão de Cachoeira não fosse revogada. O documento seria publicado pela revista "Veja".
Procurada pela reportagem, a "Veja", por meio de sua assessoria, afirmou que vai processar o autor da calúnia. "A direção da "Veja" afirma que seu departamento jurídico está tomando providências para processar o autor da calúnia, que tenta envolver de maneira criminosa a revista e seu jornalista com uma acusação absurda, falsa e agressivamente contrária aos nossos padrões éticos", diz nota da assessoria.
A cúpula da CPI do Cachoeira vai sugerir no fim dos trabalhos o indiciamento de Andressa Mendonça, noiva do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A detenção de Andressa nessa segunda-feira, 31, em Goiânia, após suposta chantagem, reforçou a convicção dentro da CPI de que a mulher assumiu papel de comando na organização.
A equipe técnica da comissão tem trabalhado com informações segundo as quais Andressa seria uma espécie de laranja no esquema de lavagem de dinheiro de Cachoeira. Agora, para um integrante da cúpula da CPI, estaria provado que ela também faz parte da "quadrilha". Andressa vai depor na comissão no dia 7.
"(A detenção) evidencia que ela estava sendo uma espécie de operadora da organização", afirmou o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), favorável à quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Andressa, que não foram realizados durante a Operação Monte Carlo.
"Comprovamos os indícios do seu envolvimento", afirmou o vice-presidente da CPI, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que quer indiciá-la. Embora não queria antecipar uma decisão ao Estado, o relator disse a interlocutores também ser favorável ao indiciamento de Andressa.
Articuladora. Com a prisão de Cachoeira, em 29 de fevereiro, coube a Andressa a articulação política e jurídica do processo, segundo integrantes da CPI, policiais federais e procuradores.
Toda semana, a mulher visita o contraventor na prisão, em Brasília, mantendo intenso contato com os advogados do caso, e não só com os que defendem o companheiro. Andressa também tem conversado com os acusados que estão em liberdade.
Nos dois dias de audiência da Justiça Federal sobre o caso em Goiânia, na semana passada, chamou a atenção a desenvoltura de Andressa com os comparsas do grupo. Ela conversou com todos os seis réus e com os advogados dos aliados do contraventor.
Andressa foi autorizada a conversar diariamente com Cachoeira nas instalações da Justiça goiana. O último encontro, na quarta-feira, foi reservado. Nesse dia, Andressa relatou ter ido ao gabinete de Alderico dos Santos no intervalo do almoço e definiu o juiz como "tacanho, meio capiau". No dia seguinte, em novo encontro, Andressa teria feito a suposta chantagem, segundo Alderico relatou ao Ministério Público.
"Todos os negócios dele (Cachoeira) estão sob a coordenação dela (Andressa), sejam as articulações, sejam as cobranças de dívidas", disse o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). Para o parlamentar, Andressa deve ir à comissão na condição de investigada, e não de testemunha.
Jornal do Brasil
O ESTADÃO

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