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FEDERAÇÃO DE FUTEBOL-FFP

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terça-feira, 3 de maio de 2011

GREVE: POLICIA CIVIL REPERCUSSÃO NACIONAL

       Os policiais civis do estado do Piauí estão em greve desde o dia 15 de abril, mas em respeito à lei, as delegacias em todo o Estado estão funcionando com 30% do efetivo policial. A paralisação foi deflagrada depois que o governo descumpriu acordo firmado com a categoria, por meio do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi), filiado à Cobrapol. O governo havia acordado um reajuste salarial de 24%, valor que seria repassado aos policiais em janeiro deste ano, o que não ocorreu.
    
    Antes de decretar a greve, os policiais chegaram a fazer uma paralisação de 72 horas em protesto à posição do governo. Mas o governo manteve o descumprimento do acordo, propondo pagar o percentual em quatro parcelas, sendo as duas primeiras neste ano e as outras duas em 2012.

 Além do reajuste salarial, a categoria também luta pelo reajuste do auxílio-alimentação para R$ 273,00. Atualmente, o benefício é de R$ 80,00. A greve no Piauí tem sido acompanhada pelo presidente da Cobrapol, Jânio Bosco Gandra, que poderá ir ao Estado em busca de um entendimento com o governo. “As greves dos policiais civis que começam a pipocar pelo Brasil são reflexos da ausência de uma política nacional de segurança pública que, entre outras coisas, enfatize a valorização do policial por meio de um salário digno e melhores condições de trabalho. Essas são reivindicações unânimes em todos os estados brasileiros e uma necessidade do nosso país”, declarou Gandra.
    
    Para mudar essa realidade, a Cobrapol vem lutando para aprovar no Congresso Nacional a criação do Piso Salarial Nacional para os policiais civis, militares e bombeiros (PECs 446/300). A matéria foi aprovada em primeiro turno em março do ano passado. Mas, em seguida, teve sua tramitação interrompida na Câmara dos Deputados. “Queremos que o Congresso retome essa discussão, pois o Piso não é um benefício apenas para os policiais, mas para toda a população brasileira”, afirmou.
    
    Gandra também esclareceu que a greve é o principal instrumento de pressão que os trabalhadores possuem para fazer os patrões atenderem suas reivindicações. “Apoiamos a greve no Piauí porque entendemos que ela foi deflagrada depois que todas as possibilidades de negociação foram extintas. O Sinpolpi fez todas as tentativas para que o governo cumprisse o acordo firmado com a categoria. Agora, quem sofre é a população. Mas a culpa é do governo, não apenas do Estado, mas também do governo federal que não prioriza a segurança pública no nosso país”, concluiu.

Ascom/Sinpolpi 
    

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