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FEDERAÇÃO DE FUTEBOL-FFP

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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Velório: OSCAR NIEMEYER AOS 104 ANOS

ARQUITETO PROJETA BRASILIA E OBRAS NOS EUA, EUROPA E ÁFRICA
O arquiteto Oscar Niemeyer morreu às 21h55 desta quarta-feira, 5 de dezembro, no Rio de Janeiro aos 104 anos. Com a saúde debilitada, ele estava internado no Hospital Samaritano desde o começo de novembro devido a uma infecção renal. Inicialmente vítima de desidratação, ele também teve problemas nos rins e era submetido a hemodiálise, além de fisioterapia respiratória. Pela manhã, Niemeyer sofreu uma parada cardíaca e sua respiração passou a ser mantida por aparelhos em decorrência de uma infecção respiratória. Somente neste ano, o arquiteto foi internado ao menos três vezes.

Reconhecido mundialmente como um expoente da arquitetura moderna, Niemeyer era o mais famoso arquiteto brasileiro e deixou um legado de grandes obras espalhadas pelo país e em cidades dos EUA, Europa e África.
Na década de 50, foi convidado pelo então presidente da República, Juscelino Kubitschek, para projetar a nova capital do Brasil e foi encarregado de organizar o concurso para escolha do plano-piloto de Brasília. A capital federal coleciona hoje as principais obras-primas do arquiteto. 
Outras obras marcaram sua carreira, como o projeto do edifício Copan, cartão-postal de São Paulo, e o complexo da Pampulha, em Minas Gerais.
Homem de vida pública, Niemeyer sempre apoiou a política esquerdista e mantinha amizade com líderes socialistas, como o cubano Fidel Castro.
Mesmo com a idade avançada, o arquiteto manteve sua rotina de trabalho até 2009, quando ia diariamente ao seu escritório em Copacabana, na capital fluminense. 
Niemeyer foi casado duas vezes e teve apenas uma filha, já falecida. O arquiteto deixa mulher, cinco netos, treze bisnetos e quatro trinetos. Ele completaria 105 anos no próximo dia 15 de dezembro.
VELÓRIO NO PLANALTO
 A presidente Dilma Rousseff assim que soube da morte do arquiteto Oscar Niemeyer ligou para a família dele e ofereceu o Palácio do Planalto para que o seu corpo seja ali velado. A família de Niemeyer aceitou a oferta, mas ainda não há decisão sobre a partir de que horas o velório será realizado. A expectativa, no entanto, é que ele ocorra à tarde, no Planalto. Em nota oficial, a presidente lamentou a morte do "grande brasileiro".
"O Brasil perdeu hoje um dos seus gênios. É dia de chorar sua morte. É dia de saudar sua vida", disse a presidente. "A sua história não cabe nas pranchetas. Niemeyer foi um revolucionário, o mentor de uma nova arquitetura, bonita, lógica e, como ele mesmo definia, inventiva", prosseguiu a presidente em nota oficial, acrescentando que "da sinuosidade da curva, Niemeyer desenhou casas, palácios e cidades". E completou: "Das injustiças do mundo, ele sonhou uma sociedade igualitária". Em seguida, a presidente cita uma frase dita por Niemeyer: "Minha posição diante do mundo é de invariável revolta". Segundo a presidente, esta é "uma revolta que inspira a todos que o conheceram".
Depois de citar que Niemeyer , a presidente lembrou ainda que Niemeyer dizia que "a gente tem que sonhar, senão as coisas não acontecem". E emendou: "poucos sonharam tão intensamente e fizeram tantas coisas acontecer como ele".
O ESTADÃO

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