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FEDERAÇÃO DE FUTEBOL-FFP

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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

EXPLORAÇÃO DE 'GÁS XISTO' É SUSPENSA NO PIAUÍ

PELO RISCO DE CONTAMINAÇÃO DO LENÇOL FREÁTICO, JUSTIÇA ACOMPANHA PARECER TÉCNICO E SINALIZA MULTA DE R$ 500 MIL À ANP NO DESCUMPRIMENTO
Reprodução/Cidadeverde.com
A Justiça Federal no Piauí ordenou a suspensão da exploração de gás xisto no Estado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). A decisão do juiz Derivaldo de Figueiredo Bezerra Filho, da comarca de Floriano, foi tomada após ação ajuizada pelo procurador Marcos Manvailer. Grupos de estudos sinalizam que a exploração pode causar risco de contaminação por produtos químicos no lençol freático. O juiz acolheu os argumentos e sinalizou multa de R$ 500 mil em caso de descumprimento para cada bloco que for licitado. 
“Especificamente, para a Bacia do Parnaíba (Setor SPN-O), para o qual está prevista a licitação de 31 (trinta e um) blocos de exploração (do PN-T-593 ao PN-T-696), há conclusões preocupantes, seja quanto ao despejo de resíduos da atividade na represa de Boa Esperança, que está a jusante de alguns blocos, seja pelo comprometimento de potenciais áreas de criação de unidades de conservação”, diz a decisão. O juiz entendeu que a Agência errou ao ignorar os estudos e considerou isso uma irresponsabilidade. “A ANP desconsiderou o Parecer Técnico GTPEG Nº 03/2013, utilizando-se de manifestações de órgãos ambientais que não trataram especificamente do potencial lesivo ao meio ambiente (...) . E o que é pior, utilizou-se, ainda, de fundamentação com cunho unicamente político - necessidade de se desenvolver tecnologias em menor tempo, a partir da exploração e aumentar o conhecimento geológico das bacias sedimentares, em matéria que não cabe juízo de conveniência e oportunidade”, narra o texto da decisão.
O parecer técnico citado pelo juiz, segundo a decisão, aponta que “a técnica exploratória do gás de xisto, no nível tecnológico em que se encontra, causa impactos ambientais irreversíveis sobre os lençóis freáticos e corpos aquíferos subterrâneos e superficiais, sendo ainda desconhecidas as suas dimensões (...) Mais que isso, há blocos específicos na bacia do Parnaíba em que o corpo técnico especializado do Ministério do Meio Ambiente identificou risco maior de contaminação de recursos hídricos, bem como encravamento em áreas cuja proteção especial está em vias de se concretizar”.
Pelo Cidadeverde.com

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