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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Decisão judical: FAZENDEIRO CONDENADO A 30 ANOS EM BELÉM-PA

CRIME DA MISSIONÁRIA AMERICANA DOROTHY - fevereiro 2005
Bida pode recorrer
O fazendeiro Vitalmino Bastos de Moura, o Bida, foi condenado a 30 anos de prisão, em Belém do Pará, por ter mandado matar, em fevereiro de 2005, a missionária americana Dorothy Stang. Iniciado às 8 horas da manhã, no Tribunal do Juri, o julgamento estendeu-se até pouco mais de 22 horas. Os jurados tomaram sua decisão em menos de uma hora e a sentença foi anunciada pelo juiz Moisés Alves Flexa pouco antes de meia-noite desta quinta-feira. O fazendeiro pode recorrer.

Durante horas a defesa de Bida sustentou que ele foi apontado como criminoso por não ter aceito fazer parte de um esquema de propina que garantia segurança policial privada a fazendeiro e madeireiros da região de Anapu, a Oeste do Pará - onde o crime aconteceu. Foi o quarto julgamento do fazendeiro. Nos três anteriores, ele foi absolvido uma vez e condenado em outras duas.
Morta a tiros, a missionária Dorothy Stang tinha 73 anos, pertencia à ordem missionária Notre Dame e trabalhava junto a comunidades pobres de Anapu. Sua morte teve repercussão mundial.
Propina. A alegação de recusar propina foi a principal linha de sustentação dos advogados de defesa de Bida. Para mostrar sua inocência no episódio, os advogados - Arnaldo Lopes de Paula e Eduardo Imbiriba - valeram-se do depoimento de uma testemunha, o agente da Polícia Federal Fernando Luiz da Silva Raiol. Ele participou das investigações e acusa um antigo delegado de Anapu, Marcelo Luz, de ter fornecido a arma usada por Rayfran nos disparos contra a missionária.
Na argumentação da testemunha, Marcelo Luz teria oferecido segurança particular a vários fazendeiros do município por R$ 10 mil. Por ter recusado, Bida foi "escolhido" para ser acusado de mandante do assassinato de Dorothy Stang. "Vitalmiro não teria motivação alguma para cometer o crime", disse o advogado Imbiriba.
O procurador da República no Pará Felício Pontes Júnior, rebateu a explicação. "O ponto fraco da estratégia da defesa é a própria testemunha. Um policial condenado por extorsão e que admitiu ter-se tornado amigo próximo de Bida".
O ESTADÃO

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