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sábado, 2 de novembro de 2013

02 Novembro - DIA DE FINADOS

Latinos trabalham na exumação de corpos
                                                                                    Divulgação
Rio de Janeiro ‒ Depois do golpe militar de 1973 no Chile, o poeta vencedor do Prêmio Nobel, Pablo Neruda, foi encontrado morto. Embora se acredite que tenha sido por causa de um câncer de próstata, as suspeitas de envenenamento fizeram um juiz ordenar a exumação de seus restos mortais. Naquele mesmo ano, soldados na República Dominicana executaram o líder guerrilheiro e ex-presidente Francisco Caamaño. Seus restos mortais foram exumados há pouco tempo, muito provavelmente para elevá-lo ao panteão dos heróis do país.

Os fantasmas também se agitam no Brasil, onde as autoridades avaliam as alegações de que dois ex-presidentes, João Goulart e Juscelino Kubitschek, teriam sido assassinados em 1976. Sem provas, os investigadores exumarão o corpo do primeiro para saber se foi envenenado e o do motorista do segundo para confirmar se foi a bala de um atirador que causou o acidente de carro que matou a ambos.
Aos poucos, os países da América Latina vão adotando a mesma medida, reflexo não só da dificuldade de algumas figuras políticas em encontrar paz no pós-vida, mas do desejo da região de reabrir questões não resolvidas e disputas sobre seus fatos históricos, mesmo que para isso tenham de desenterrar o passado ‒ literalmente.
"Onde a história não está definida nem bem aceita, a voz dos mortos continua a ser ouvida", afirma Lyman Johnson, professor emérito da Universidade da Carolina do Norte que explora a nova tradição da América Latina.
Em certos casos, os observadores têm se mostrado até assustados ‒ como em 2010, o então presidente venezuelano Hugo Chávez televisionou o desenterramento de Simón Bolívar, herói revolucionário que lutou contra a colonização espanhola, em uma tentativa malsucedida de provar que foi envenenado com arsênico pelos oligarcas colombianos. Os historiadores ainda concordam, em geral, que foi a tuberculose que o matou.
The York Times

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