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FEDERAÇÃO DE FUTEBOL-FFP

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domingo, 9 de setembro de 2012

Paraolimpíadas: BRASIL CHEGA AO RECORDE DE 'MEDALHAS DE OURO'

BRASIL TRI CAMPEÃO NO FUTEBOL DE 5
Severino Gabriel futebol de 5 Brasil  (Foto: Reuters)
                                        Bill, comemora 1º gol (foto: Reuters)

No campo, a França não costuma trazer boas recordações para o futebol brasileiro em partidas decisivas. Carrascos nas Copas do Mundo de 1986, 1998 e 2006, os Bleus queriam repetir o feito nos Jogos Paralímpicos de Londres. Mas, com dois títulos nas costas, a equipe do Brasil do futebol de 5 não tremeu. Com grande atuação de Ricardinho e Jefinho, venceu os franceses por 2 a 0 e conquistou o tricampeonato da competição na tarde deste sábado. Com o título, a seleção mantém sua soberania em Jogos. Até aqui, o Brasil foi campeão nas três edições em que o futebol de 5 esteve presente nas Paraolimpíadas: em Atenas 2004, Pequim 2008 e em Londres. Marquinhos, Bill e o goleiro Fábio foram os únicos que estiveram em todas as conquistas. O Brasil chegou, então, ao recorde de 18 medalhas de ouro nos Jogos Paralímpicos. Já são duas a mais do que nas Paraolimpíadas de Pequim, em 2008.

Ricardinho celebra campanha, e Jefinho já pensa na festa
Presente em todos os três títulos paralímpicos, Bill foi um dos jogadores mais festejados após a conquista. Além de marcar o primeiro gol, de pênalti, o camisa 9 anulou o francês Frederic Villeroux. De estilo de jogo viril, o paraibano elogiou a postura da equipe.
- Os franceses têm crescido a cada ano. Sabíamos que o jogo seria difícil. Na estreia (empate em 0 a 0 na estreia), a pegada já tinha sido dura. Nós nos reunimos e falamos que tínhamos de chegar mais forte na marcação, ter mais raça. Fizemos isso e vencemos.
Já o baiano Jefinho só pensava na comemoração na volta para Salvador. Após uma participação tímida na semifinal, onde ficou a maior parte do tempo no banco por conta de uma lesão, o atacante foi decisivo ao marcar o segundo gol.
- Agora, eu quero festa na Bahia. Quero música animada, um axé legal. Tenho certeza que já estão preparando para nossa chegada. A medalha é nossa.
O melhor em campo, porém, foi Ricardinho. Apesar de não deixar sua marca, o camisa 10 impressionou o público inglês com arrancadas imparáveis e por pouco não fez um golaço, ao driblar todos os quatro adversários franceses e carimbar o travessão. Melhor do mundo em 2006, ele chamou a atenção para campanha perfeita do Brasil, mesmo tendo enfrentando China e Argentina (finalistas em 2004 e 2008), a Turquia e duas vezes a França.
- Esperávamos que fosse difícil, como foram as últimas duas conquistas. Em 2004, foi nos pênaltis. Em 2008, fizemos o gol faltando 30 segundos. Dessa vez, conseguimos abrir 2 a 0 e os últimos minutos foram com menor risco, mas a campanha foi dificílima. A semifinal foi complicada contra a Argentina e se colocar na balança foi tão suado quanto as outras.
Herói na semifinal, o goleiro Fábio, que não sofreu um só gol na competição, era um dos mais animados com a conquista. Também presente em Atenas e Pequim, ele dedicou a medalha a filha Júlia, que nasceu no último dia 20, quando a delegação brasileira já estava na Inglaterra.
- Eu precisava levar essa medalha para ela. Só a conheço de foto, pela internet. O objetivo maior era levar o título, questão de gol não faz diferença. A equipe é muito forte. Sabíamos que a França era difícil, mas jogamos muito bem. Nunca vivemos do passado, treinamos cada vez mais. Isso tem feito a diferença.
Bill abre o placar
Com pouco mais de três minutos de jogo, Ricardinho teve a primeira grande chance de marcar. O camisa 10 ficou de frente para o gol, mas o goleiro Jonathan Grangier conseguiu evitar que o Brasil abrisse o placar em Londres. Quatro minutos depois, Villeroux deu a resposta. O craque da França driblou dois zagueiros e ficou de frente para Fábio, mas chutou para fora.
Aos 10 minutos, Ricardinho fez nova grande jogada pela esquerda ao driblar dois marcadores. Mas, ao chutar, Maya conseguiu evitar que a bola fosse em direção a Grangier. O brasileiro voltou a chutar com perigo, mas o goleiro francês fez a defesa. Na sequência, o principal jogador do Brasil na partida voltou a fazer o que quis com a defesa rival, mas foi parado com falta. Na cobrança, mandou na barreira.
Brasil futebol de 5 comemoração (Foto: Reuters)Jogadores comemoram vitória (Foto: Reuters)
Melhor jogador do mundo, Jefinho, que enfrenta dores nas pernas, também teve seu momento de brilho. Após três dribles sobre os rivais, o brasileiro chutou bem, mas a bola saiu à direita do goleiro francês.
Fábio, que já havia brilhado na vitória do Brasil contra a Argentina na semifinal, voltou a aparecer bem ao defender um chute a queima-roupa de Villeroux. Aos 22, o primeiro gol. Ricardinho recebeu à frente de Grangier, e, marcado por todos os jogadores da seleção francesa, sofreu o pênalti. Na cobrança, Bill mandou a bomba e abriu o placar para o Brasil.
Pouco antes do intervalo, Fábio voltou a brilhar. O Brasil estourou o limite de faltas, e a França teve a chance do empate com o tiro de oito metros. David Labarre foi para a cobrança, mas o goleiro brasileiro fez bela defesa com o pé. A defesa garantiu a vantagem da seleção, que foi com a vitória parcial para o vestiário.
Jefinho amplia, e Brasil é tri
O Brasil voltou para o jogo com Gledson no lugar de Jefinho. Aos 4 minutos, Ricardinho voltou a fazer boa jogada e foi parado com falta por Villeroux, que levou o amarelo. Com uma marcação certeira, o Brasil não deixava que os rivais criassem boas chances. E, ainda assim, partia para o ataque.
Jefinho, que entrou durante a etapa no lugar de Ricardinho, driblou dois zagueiros e, sozinho, chutou. Grangier, no entanto, fez grande defesa para a seleção. O craque teve outra boa chance logo depois, mas Labarre fez o corte.
Mas o gol não demorou a sair. Jefinho fez jogada genial pela esquerda, voltou a fazer uma fila na defesa francesa e chutou. A bola ainda tocou no zagueiro rival antes de entrar em ritmo lento: 2 x 0, e o tri cada vez mais próximo.
A França pressionou até o fim, mas Fábio garantiu o resultado com defesas importantes, como no tiro de oito metros cobrado por Villeroux. Ricardinho ainda teve outra grande chance, mas mandou para fora. Nem precisava. No apito do juiz, a festa pelo terceiro ouro da seleção já estava armada.
G 1

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