Pages

FEDERAÇÃO DE FUTEBOL-FFP

FEDERAÇÃO DE FUTEBOL-FFP
Site - clique imagem

quarta-feira, 6 de março de 2013

Caso Eliza; GOLEIRO BRUNO NEGA SER 'MANDANTE'

BRUNO CHORA E, PROMOTORIA PARTE AO 'ATAQUE'
Bruno emociona-se
Em depoimento, o goleiro Bruno Fernandes negou ter sido o mandante do assassinato de Eliza Samudio, mas disse sentir culpado, em partes. "Como mandante dos fatos, eu nego, mas, de certa forma, me sinto culpado". Desde segunda-feira, ele e sua ex-mulher, Dayanne Rodrigues do Carmo, são julgados no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Bruno é acusado de ser o mandante do sequestro, cárcere privado e assassinato da ex-amante Eliza Samudio. Já Dayanne é processada por subtração de incapaz por ter ficado com o filho que Eliza teve com o goleiro.
Durante depoimento, Bruno pediu para contar sua versão dos fatos.
"Conheci Eliza na festa de um amigo em 2009, nos conhecemos e nos envolvemos e desse envolvimento nasceu uma criança. Nesse tempo nós conversamos bastante, houve várias vezes muitas discussões entre eu e a Eliza, no tempo em que ela estava grávida".
Segundo Bruno, Eliza cobrava que ele arcasse com as despesas. "Realmente ela cobrava de mim que eu arcasse com as despesas. Algumas vezes eu ajudei, sim, só que ela queria que eu ajudasse mais. Eu não podia porque eu não tinha feito exame de DNA. Naquela noite, ela se envolveu também com outras pessoas".
Depoimentos. Na terça-feira, foram ouvidas as testemunhas de acusação. Chamou a atenção o depoimento de Célia Aparecida Rosa Sales, prima de Bruno. Ela foi ouvida na condição de informante, o que significa que não tem compromisso com a verdade, como as demais testemunhas. E confirmou que teve de cuidar do filho de Eliza com Bruno, função que também coube a Dayanne, após a mãe do bebê ser levada do sítio do goleiro em Esmeraldas, também na Região Metropolitana, e não retornar mais.
De acordo com Célia, Eliza foi levada por Macarrão e por Jorge Luiz Lisboa Rosa, primo do jogador que tinha 17 anos à época. A informante disse que Eliza acreditou estar sendo levada para um apartamento que Bruno teria oferecido para ela morar com o filho do casal e chegou a convidar pessoas que estavam no sítio para visitá-la. Durante o depoimento de sua prima, Bruno se manteve de cabeça baixa.
Vídeos. Posteriormente, ocorreu a exibição de vídeos com reportagens. O goleiro voltou a chorar e foi amparado pelo advogado Lúcio Adolfo. A mãe da modelo também se emocionou e passou mal ao ver uma das reportagens. Já Dayanne permaneceu impassível na exibição. Mais à noite, Bruno foi dispensado e levado ao presídio, enquanto tinha início o depoimento da ex-mulher.
Entenda o caso. Ex-amante do goleiro Bruno Fernandes de Souza, Eliza Samudio desapareceu em junho de 2010 quando viajou do Rio para o sítio do jogador em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Acompanhada de seu bebê, filho de Bruno, ela fez seu último contato, para uma amiga, por telefone em 9 de junho. Poucos dias depois, a polícia recebeu denúncia de que a jovem estaria morta.
Um primo de Bruno, então com 17 anos, foi apreendido na casa do goleiro, no Rio, após a polícia receber denúncia de que o rapaz havia participado da execução de Eliza. À polícia ele revelou a participação de mais sete suspeitos no crime e disse que o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, teria matado a jovem. Seu corpo, no entanto, nunca foi encontrado.
O primo de Bruno foi condenado a três anos de internação pelo sequestro e morte de Eliza. No fim de 2010, a Justiça mineira determinou que Bruno, Macarrão, Bola e Sérgio Rosa Sales fossem julgados por júri popular pelo sequestro e morte de Eliza e que Dayanne, Fernanda, Vítor da Silva e Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, respondessem por sequestro e cárcere privado. Macarrão já foi condenado no ano passado
O ESTADÃO

Nenhum comentário:

Postar um comentário