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FEDERAÇÃO DE FUTEBOL-FFP

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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

FLA x FLU CLÁSSICO ELETRIZANTE

MENGO SUPERA DE VIRADA 3 x 2
Vá lá que o Maracanã está diferente. Moderno, sem seus aneis, com preços que passam longe do alcance popular. Tudo verdade. Mas nem tudo isto é possível para retirar a capacidade de um Fla-Flu. Se há um estatuto no mundo da bola, nele certamente consta que um clássico entre rubro-negros e tricolores pode ser tudo, menos chato. E na volta do mais charmoso dos clássicos ao Maracanã depois de três anos, a tradição foi cumprida à risca. Com direito a virada, lances de deixar torcedores em pé na arquibancada e clima quente, o Flamengo bateu o Fluminense de virada, por 3 a 2. O Fla-Flu, enfim, esteve de volta à sua casa.

Fla-Flu que tem as suas próprias lógicas. Diz uma das filosofias de arquibancada que quase sempre quem está em pior fase leva a parada. Mas como classificar quem está por baixo com dois times que tinham os mesmos 14 pontos na tabela? Não era possível. Por isso, o duelo foi equilibrado, começou quente, seguindo à risca os mandamentos de um clássico. O Flamengo de Mano tinha um estreante, André Santos, o lateral que jogou no meio. E nem por isso perdeu a organização. Melhor posicionado em campo, o Rubro-Negro partiu com tudo para cima do Tricolor.
André Santos, o estreante, mandou a bola nas alturas da pequena área, logos aos 11 minutos. Jogada iniciada por Elias na direita, a avenida encontrada pelo Flamengo para pavimentar o caminho da vitória. Em maior número no Maracanã, apesar de visitante em um estádio ao qual se acostumou a chamar de casa, a torcida rubro-negra inflamou o time. Léo Moura, aos 15 minutos, traduziu o clamor em um petardo de fora da área que exigiu belíssima defesa de Cavalieri.
E o Fluminense? Bem, o Fluminense parecia assistir à pressão rubro-negra, parecia um pouco desligado do jogo. Tudo indicava que o rival abriria logo o placar. Mas aí, amigos, o Fla-Flu entrou em seu estado puro. Pois em boa jogada do garoto Eduardo pela direita, a bola alçou voo rumo ao pé de Wallace, que rebateu mal. Ela parou nos pés de Rafael Sobis, que emendou de canhota para o gol de Felipe, sem chances para o goleiro. Fluminense 1 a 0.
Pois Fla-Flu é assim mesmo. Pressão rubro-negra, gol tricolor. Ou vice-versa. Os deuses do futebol que sabem. E eles indicaram que o placar não estava justo, dada a superioridade rubro-negra até então. E lá foi o Flamengo de novo, primeiro com André Santos, que lançou Hernane. Conhecido por ser eficiente em um toque só, o Brocador usou todo seu potencial para ajeitar a pelota, com capricho, para Elias, que passava em disparada pelo meio. Também em um toque, Elias matou a zaga tricolor e rumou, triunfal, ao gol adversário. Cavalieri até tentou atrapalhar, mas a categoria de Elias fez a bola estufar a rede e fazer o Fla-Flu explodir a arquibancada do Maracanã. Que clássico.
O pulsar da torcida rubro-negra pareceu abater o time de Vanderlei Luxemburgo. O time tricolor sentiu o golpe. Passou a aceitar de novo as investidas de um adversário que dava carrinho até na sombra. Talvez inquieto com o barulho da arquibancada, o jovem tricolor Eduardo tomou um susto e, quando vira, Léo Moura já tinha tocado a bola entre suas pernas e passado a toda rumo à linha de fundo. No passe do camisa 2, Hernane fez um gol de craque. Um toque só, claro. Mas foi de letra, de frente para Digão. Virada rubro-negra no Maracanã. 2 a 1. Que clássico, este Fla-Flu.
Antes do fim do primeiro tempo, Eduardo ainda soltou uma bomba que obrigou Felipe a defender de forma esquisita, com uma manchete. Apesar do abafa final, o placar não foi modificado até o intervalo. E todos puderam recuperar seu fôlego na arquibancada.
Veio o segundo tempo do primeiro Fla-Flu do novo Maracanã. E o Flamengo, de novo, respirando em cima do Fluminense. Logo aos três minutos, Hernane teve boa chance, entrou na área, mas rolou para trás. Gabriel, embalado, bateu nas pernas de Cavalieri, que saiu bem. Foi o necessário para o despertar da arquibancada, talvez ainda entorpecida pelas músicas modernas deste novo Maracanã.
À essa altura, os técnicos já tinham saído, de novo, de seus bancos. Mano Menezes, mãos às costas, mostrava mais calma. Aplaudia o time quando necessário. Vanderlei Luxemburgo, rubro-negro de coração e tricolor por profissão, esbravejava, gesticulava. Sabia que o Tricolor estava em uma tarde de maus lençois. Com seu time dominado, Luxa admitiu que era hora de mudar. De uma vez só, sacou dois: Eduardo e Felipe, inoperantes, para as entradas de Wagner e Kennedy. Aí, vale o parênteses, daqueles que só o Fla-Flu é capaz de escrever em sua história.
Se em outros tempos o clássico proporcionou o duelo de ex-homônimos de presidentes brasileiros, com os goleiros Fernando Henrique e Getúlio Vargas, a entrada de Kennedy pelo lado do Flu proporcionou um duelo de ex-presidentes norte-americano com Nixon, atacante rubro-negro. Um charme a mais para o clássico. Pena que durou menos de um minuto.
Isto porque, em seguida, Mano detectou o cansaço de Nixon e colocou Paulinho em seu lugar. Melhor posicionado, o Flamengo chamou o Fluminense em seu campo para buscar os contra-ataques. Deu resultado. Em contra-ataque quase fulminante, Elias roubou a bola, avançou pela direita e cruzou na medida para Paulinho. O rubro-negro ajeitou, ficou de frente para Cavalieri e bateu colocado, mas a bola desviou na zaga tricolor. E o cronômetro marcava 22 minutos de um Fla-Flu que não permitia desvio de atenção.
Luxemburgo, inquieto, partiu para o tudo ou nada. Sacou Leandro Euzébio, um zagueiro, para a entrada de Diguinho, um volante. O Flu foi para cima, mais na base das bolas alçadas à área. Não houve jeito. O lado rubro-negro da arquibancada, aos berros, comanda a festa. E o time correspondeu. Novamente pela direita, Léo Moura avançou e foi desarmado, com escanteio.
Na cobrança, aquele lance que inverte lógicas, natural de um Fla-Flu. Bola na área tricolor. Fred, o artilheiro e camisa 9 do Flu, arriscou-se como zagueiro. E se enrolou. A bola sobrou e, no bate-rebate, André Santos e Hernane quase dividiram o toque único para o gol. Com uma preguiça incomparável com o ritmo alucinante da partida, a bola ultrapassou a linha do gol tricolor. Explosão rubro-negra no novo Maracanã. Hernane comemorava. O placar anunciava André Santos como o autor do gol. Mas isso pouco importava para os rubro-negros. 3 a 1 Flamengo.
No fim, o Flu descontou, já nos acréscimos, com Sobis. 3 a 2. Viradas, gol de letra, gol quase compartilhado. Duelo de homônimos de ex-presidentes norte-americanos. O Fla-Flu, depois de três anos, voltou para casa. Que clássico.
FICHA TÉCNICA:
FLUMINENSE 2 X 3 FLAMENGO
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 11 de agosto de 2013, no domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Luiz Flavio de Oliveira (SP)
Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse (SP) e Celso Barbosa de Oliveira (SP)
Cartões amarelos: Carlinhos e Leandro Euzébio (FLU) e González e Elias (FLA)
Renda e público:R$ 1.793.425,00 / 29.538 pagantes / 38.715 presentes
Gols: Rafael Sobis (FLU), aos 16 minutos, Elias (FLA), aos 25 minutos e Hernane (FLA), aos 31 minutos do primeiro tempo e Hernane (FLA), aos 35 minutos do segundo tempo e Rafael Sobis (FLU), aos 47 minutos do segundo tempo. 
FLUMINENSE: Diego Cavalieri, Igor Julião, Digão, Leandro Euzébio (Diguinho) e Carlinhos; Edinho, Jean, Eduardo (Wagner) e Felipe (Kennedy); Rafael Sobis e Fred
via ESPN.Com

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