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FEDERAÇÃO DE FUTEBOL-FFP

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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

MINISTÉRIO PÚBLICO APLICA CERCO ÁS ORGANIZADAS

Murumbi, confronto torcida/polícia
VIOLÊNCIA ATRAI FISCALIZAÇÃO [dentro e fora de campo]
O Ministério Público do estado de São Paulo afirma estar disposto a acabar com a ajuda financeira de clubes de futebol a torcidas organizadas. Na última segunda-feira, na esteira de mais um dia de violência no futebol paulista, domingo passado, durante e depois de São Paulo x Corinthians, o promotor Roberto Senise Lisboa anunciou uma série de punições contra organizadas dos dois times e revelou que em breve os próprios dirigentes dos clubes podem ser os punidos.

Maior torcida organizada do Corinthians acompanha o time no retorno a São Paulo
Maior torcida organizada do Corinthians acompanha o time no retorno a São Paulo
Nesse domingo, torcedores são-paulinos e policiais militares entraram em conflito na arquibancada do Morumbi, no intervalo do jogo, depois de uma bomba ter explodido no setor destinado à organizada Independente. Ao final da partida, torcedores rivais protagonizaram uma batalha campal na Marginal do Rio Tietê. Segundo o jornal 'O Estado de São Paulo', 60 são-paulinos foram levados para a delegacia após o segundo incidente e foram encontrados barras de ferro e pedaços de pau no local.
O promotor Senise Lisboa elege três motivos principais para o problema da violência no futebol: "Desorganização das torcidas organizadas, a presença em alguns cargos de direção de torcida e mesmo de clube de pessoas que têm antecedentes criminais e os próprios clubes, que demonstraram durante todo esse tempo sua irresponsabilidade quanto às torcidas organizadas. É sabido no futebol que diretores de clube, muitas vezes ligados a torcidas organizadas, subsidiam as torcidas. O que falta é alguém que realmente fale o que, quando e aonde."Durante reunião ainda no início de outubro, o Ministério Público passou um recado a cartolas das quatro maiores agremiações do estado - Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo. "Eu disse para os clubes: ‘Vamos negociar isso dessa forma, passando a uma linha que realmente possa inibir a entrada de pessoas que infelizmente não contribuem nada para o esporte no estádio ou vamos para uma linha de discussão judicial do assunto?", contou Senise Lisboa.
Questionado pela reportagem do ESPN.com.br se o MP possui provas de relações ilegítimas entre clubes e torcidas organizadas, o promotor afirmou que tem conhecimento do assunto pela imprensa e que não pode dar detalhes sobre a estratégia judicial que será seguida em uma eventual ação contra cartolas. O promotor sugere que tem uma ‘carta na manga'. "Não posso adiantar, se não estou dando o ouro para o inimigo. Tem coisas que a gente não conta."
O promotor adianta que dirigentes podem perder seus cargos caso não cooperem com o MP - "o prazo fatal é o mês de novembro". O próprio Estatuto do Torcedor prevê suspensão ou destituição de cartolas em caso de violação das normas de segurança dos eventos esportivos.
Clubes e organizadas
No encontro do início do mês com o MP, Corinthians, São Paulo e Palmeiras declararam que não dão subsídios a organizadas. O Santos foi o único que admitiu conceder ajuda e em defesa alegou que a sua torcida é a mais comportada dentre os times grandes.
Em março deste ano, depois de integrantes da Mancha Verde terem tentando agredir jogadores em aeroporto de Buenos Aires, Argentina, o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, afirmou que dava ingressos a torcedores organizados e ameaçou acabar com as regalias caso os agressores não fosse identificados pela Mancha. Segundo Nobre, desde então, o relacionamento da diretoria com a organizada está encerrado.
Meses depois, o São Paulo se envolveu em caso curioso. Uma série de episódios levantou suspeitas sobre a ligação entre a cúpula tricolor e Independente. Torcedores relataram ter sido intimidados por membros da organizada ao protestarem contra o presidente Juvenal Juvêncio durante jogos no Morumbi, integrantes da oposição afirmaram ter sido agredidos durante debate com pessoas da situação em churrasco na sede do clube.
Por fim, misteriosamente, adeptos do programa sócio-torcedor receberam do endereço de e-mail do São Paulo uma mensagem da Independente desmentindo o apoio a Juvenal, mas declarando-se contra a candidatura do oposicionista Marco Aurélio Cunha. O São Paulo preferiu não se pronunciar sobre a ameaça de ação judicial do Ministério Público.
O Corinthians é um exemplo de clube que possui membros de organizadas em seus quadros, como cita o promotor Senise Lisboa. Raul Corrêa da Silva, vice-presidente de finanças do Corinthians, é um dos fundadores da Gaviões da Fiel. Andrés Sanchez, ex-presidente do clube, é um dos fundadores da Camisa 12. Em 2009, na gestão de Sanchez, o Corinthians doou a renda de uma partida do Campeonato Brasileiro contra o Flamengo para financiar o desfile das escolas de samba de Gaviões, da Camisa 12 e da Pavilhão 9, em 2010, ano do centenário corintiano. O ESPN.com.br não conseguiu entrar em contato com o clube de Parque São Jorge a respeito das declarações de Senise Lisboa.
Via ESPN.Com

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