Porém, se por um lado Muricy parece estar fazendo um bom negócio, pois assume um dos melhores elencos do Brasil, existem também alguns desafios. O primeiro é de ordem técnica: classificar o time para a próxima fase da Libertadores da América. Não é uma missão simples, pois o time precisa vencer o Cerro Porteño no Paraguai, desfalcado de Elano, Zé Love e Neymar. Há também o problema de “DNA”. Ao demitir o treinador anterior, Adilson Batista, a diretoria santista alegou que ele não tinha o “DNA do clube”, que seria um estilo de jogo ofensivo. Muricy, entretanto, é famoso justamente por comandar times cujo forte é a marcação, em campanhas de poucos gols, tanto os sofridos quanto os marcados.
Além disso, existe a situação delicada envolvendo os maiores astros do Santos. Neymar, que no dia 06 de abril foi expulso ao comemorar um gol, ainda é considerado imaturo. Já Paulo Henrique Ganso continua com o futuro incerto. Há uma disputa entre seus empresários e a direção santista que pode culminar com sua transferência para a Europa. A torcida se mostra irritada com a situação e vaiou o jogador em seu último jogo na Vila Belmiro; certamente não será fácil a vida de Muricy Ramalho no Santos. Mas um técnico que já venceu quatro vezes o Campeonato Brasileiro e é um dos profissionais mais valorizados no futebol do país não pode temer desafios.
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