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Dilma, inauguração Usina Hidreletrica |
Dilma ocupou cadeia de rádio e televisão na véspera do feriado de 7 de setembro para anunciar que renovaria as concessões do setor elétrico que venceriam nos próximos anos, obtendo ao mesmo tempo uma redução de 16,2% na conta de luz do consumidor e de até 28% para a indústria, que consome mais. Parte da estratégia visava a aceitação dos termos pelas atuais concessionárias, mas ontem a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que 14 empresas informaram não ter interesse na renovação. A presidente fez um discurso durante inauguração da usina de Estreito, que a partir de hoje pode injetar até 1.087 megawatts (MW) de energia no sistema interligado nacional. A concessão foi feita antes da alteração do marco regulatório do setor, mas foi construída sob as novas regras. "Inaugurar essa usina de Estreito é para mim hoje um momento especial porque estamos comemorando anos a fio de dedicação, trabalho, empenho e teimosia", afirmou. "Porque tem muito de teimosia para fazer essa usina, considerando todos os problemas de ordem institucional, regulatório e de equacionamento econômico e financeiro."
Modelo
No seu discurso, marcado pela celebração do novo marco regulatório do setor elétrico, desenvolvido por ela mesma quando ministra de Minas e Energia no governo Lula, a presidente defendeu a opção pela hidreletricidade como uma fonte renovável e o retorno à sociedade dos investimentos feitos na construção de usinas.
"Fizemos um grande esforço para estabilizar o setor elétrico no Brasil, para que não haja racionamento, para que as melhores práticas de segurança sejam implantadas", disse. "Tinha uma coisa que me incomodava muito e me deixava até envergonhada, era o fato de que vivíamos num país muito grande e muita gente vivia sem energia elétrica." Ao descrever ações sociais para pescadores na região, organizados em sete cooperativas que passarão a explorar a pesca na área do reservatório de Estreito, Dilma ressaltou o fato de o Brasil continuar crescendo, apesar da desaceleração observada neste ano. Também voltou a defender seu modelo econômico.
"Estamos na encruzilhada que mostra que isso é possível, é possível crescer e distribuir renda. É possível manter a austeridade e ao mesmo tempo investir, é possível manter empregos mesmo quando a crise bate forte no mundo e nos atinge de alguma forma. Vamos continuar crescendo e, para continuar crescendo, temos que ser competitivos, energia elétrica é um fator de competitividade", disse.
No último ano do governo Lula, o PIB do País expandiu 7,5%, reduzindo a marcha para 2,7% no ano passado. Para 2012, o Banco Central prevê crescimento de 1,6% e o Ministério do Planejamento, 2%.
Fonte: Ag. Estado
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