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FEDERAÇÃO DE FUTEBOL-FFP

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quarta-feira, 13 de março de 2013

Escolha do novo Papa: FUMAÇA BRANCA, TEMOS NOVO PAPA

DESAFIOS DO NOVO PAPA
Com sua renúncia, Bento XVI pôs fim a uma era e, após a aparição da fumaça branca no Vaticano, será um novo pontífice quem assumirá a tarefa de dirigir a Igreja Católica. O eleito pelo conclave terá a incumbência de liderar uma instituição com dois mil anos de história e muitos desafios em pleno século 21. O papel da mulher na Igreja é um dos assuntos em pauta. "Até quando houver linhas vermelhas a não traspassar, como por exemplo a ordenação sacerdotal das mulheres, existirá um longo caminho a percorrer", opinou Urbano Valero, doutor em Direito Civil e antigo reitor da Universidade Pontifícia Comillas, em Madri.
Seria preciso começar por "reconhecer e valorizar" a função da mulher tanto na sociedade como na Igreja e sua substancial equiparação ao homem, segundo esse especialista. "Seria muito bom que o futuro papa acelerasse com ações, e não só com declarações, o reconhecimento do papel da mulher", acrescentou este sacerdote que, durante os últimos anos, trabalhou na cúria geral de Roma na Companhia de Jesus.

Outro dos temas a abordar é a relação com as demais religiões. Valero entende que o Concílio Vaticano II e a "atuação congruente" dos últimos papas, especialmente de Bento XVI, já abriram este caminho.
"É questão de segui-lo com simpatia e amor e, ao andar, ir descobrindo seus novos períodos com paciência e perseverança", ponderou o jesuíta.
De fato, os principais desafios aos quais, segundo Valero, terá que fazer frente o novo ocupante do trono de Pedro têm a ver com isso de certo modo. "O primeiro é permanente e foi destacado pelo próprio Jesus: confirma teus irmãos. Trata-se de confirmar na fé os seus irmãos", explicou Valero.
"O segundo é semelhante ao primeiro: iluminar para todos, crentes ou não, o sentido da existência humana, dar esperança, estimular a solidariedade efetiva com todos os que sofrem e predicar sem descanso a paz entre os povos", acrescentou.
Além disso, insistiu na importância de "fomentar o diálogo e a concórdia entre religiões e crenças, entre culturas e modos de pensar e de viver, assim como em reconciliar e sanar através do o amor e da verdade".
Na opinião desse analista, nesta nova etapa que agora se abre, a América Latina tem um papel muito especial.
"Não só pelo número de católicos que abriga, mas pelas demonstrações de vitalidade de sua fé e por sua capacidade missionária de frente para o futuro. O novo papa adotará, como fizeram seus antecessores, uma atitude de especial simpatia e atenção com a região", prevê Valero.

Aproximação da juventude

Embora possa parecer um assunto menor, o uso das novas tecnologias também terá sua importância durante o próximo pontificado. "O papa deverá se entender bem com as redes sociais", destacou Ivan Petrella em artigo de opinião publicado pelo jornal digital "Infobae".

O colunista assinala que, ao abrir sua conta em dezembro do ano passado, Bento XVI se tornou o primeiro papa no Twitter e, apenas dois meses depois, já tinha mais de um milhão e meio de seguidores. "Para chegar à juventude é preciso aproximar-se de onde ela está", comentou.

Do mesmo modo, Valero acredita que internet e as redes sociais serão uma ferramenta importante na comunicação da Igreja. "Não poderá ser de outra maneira porque já está sendo assim", salientou.

Além disso, afirmou que nos últimos anos está acontecendo uma progressão acelerada "que não parece dever-se apenas a táticas utilitaristas, mas à convicção positiva do valor desses meios".

"Se as novas tecnologias da informação e da comunicação são um lugar de concentração dos homens e mulheres, especialmente do mundo jovem, aí deve estar a Igreja comunicando-se e anunciando, com a linguagem própria desses meios, a mensagem de salvação que foi encarregada de propagar", ressaltou.

Porém, para enfrentar estes e outros desafios, como há de ser o papa que tome as rédeas da Igreja no século 21?

Valero considera fundamental que seja um homem "profundamente crente" e que esteja disposto "a dar a vida e cada um de seus instantes aos demais".

O sacerdote pensa ser importante que o futuro pontífice, "querendo e servindo a todos, queira mais os que mais o necessitam, ou seja, os menos apreciados e queridos por outros". Além disso, entende que o novo papa deve saber sintonizar-se com a sensibilidade de todo seu "rebanho" e também com a daqueles que não pertencem a ele.

Por fim, este jesuíta espera que o futuro líder da Igreja Católica "saiba valorizar tudo de bom e positivo que há no mundo e que, tendo que falar tanto, saiba também escutar muito e atentamente".
Via EFE

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