Pelo menos quatro depoimentos de investigados na Operação Voucher à Polícia Federal afirmam que a deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP) recebeu parte dos recursos desviados do esquema fraudulento no Ministério do Turismo. Ela é a autora da emenda que deu origem aos convênios suspeito. De acordo com os relatos, a deputada teria montado um esquema no Amapá para levar recursos públicos para ela própria e para a campanha à sua reeleição no ano passado.
Foto: Google - depoimento sob desvio dinheiro público |
Um dos depoimentos é de Merian Guedes de Oliveira, que aparece como secretária da Conectur, uma entidade fantasma que, segundo a investigação, foi subcontratada pelo Ibrasi por R$ 250 mil e teve convênio com o próprio Ministério do Turismo em 2009 no valor de R$ 2,5 milhões.
Entretanto, um outro depoimento, agora do sobrinho dele, David Lorrann Silva Teixeira, confirmou a mesma versão da secretária. O sobrinho aparece na investigação como tesoureiro da Conectur. Segundo ele, 'seu tio falava que ganharia 10% do total e a deputada federal Fátima Pelaes ficaria com aproximadamente R$ 500.000,00 do total'. A deputada, segundo ele, tinha 'pressa' para liberar os recursos. Outro depoimento que menciona Fátima Pelaes foi dada por Errolflynn de Souza Paixão, que já foi sócio da Conectur. Segundo ele, 'Wladimir chegou a dizer que o dinheiro seria devolvido à deputada'.
Já outra depoente, Hellen Luana Barbosa da Silva, afirmou aos policiais que, na sua opinião, 'a deputada Fátima Pelaes indicou o Ibrasi (entidade que recebeu duas emendas de R$ 9 milhões de Fátima) para receber parete do dinheiro para financiar sua campanha à reeleição'. Procurada pela reportagem do Estado em seu gabinete a deputada não foi localizada. A reportagem informou, então, o conteúdo das gravações à assessoria e pediu uma entrevista. A deputada, porém, até o fechamento desta nota, não respondeu.
* O Estadão
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