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Transnordestina "mito ou realidade?" |
Mas a escassez política reinante na região do semi-árido piauiense, falta de tudo principalmente honradez na arte do progresso - a própria história confirma. Denunciamos revolta de famílias insatisfeitas pelos baixos valores nas indenizações das áreas utilizadas pela ferrovia: a obra, esbarra na falta de negociação entre o Estado e agricultores - identificada indenização inferior a R$ 10,00 (dez reais) nos cálculos dos "técnicos" e, revoltado pais de família, mesmo vivendo da humilde agricultura doméstica, gritam: "É tirar nossa comida, a gente sobrevive dessas terras"; paradoxo desvalorizador real não atinge apenas pequenos produtores, engloba projetos já montados e em ritmo de crescimento - como o do senhor José Rocha, 83 anos, atingido pelo "serpentiar" da Transnordestina, vê sua área com pivô irrigado, piscina, plantação de frutas e curais de gado. O espaço mais valioso da fazenda do idoso usado pela ferrovia (são mais de 100 hectares avaliados em R$ 13.000,00 - treze mil).
Em outros setores a "grande" ferrovia não atinge apenas as propriedades rurais - imóveis serão demolidos; situação já visitou a justiça e, sem acordo o governo diz está disposto a negociar com as famílias (terão que apresentar projetos de cálculos enfim, comprovar o "real" valor de seus bens). E, a fiscalização da obra, qualidade do material utilizado, segurança dos operários, também estão sendo observados? Um grave acidente ocorreu no sábado (18/12) em Paulistana, distante 452 km ao Sul da capital Teresina, em trecho da obra da ferrovia Transnordestina, provocando 2 mortes e cerca de 10 operários feridos.
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Operários e familiares aflitos pelo "acidente" |
O acidente aconteceu no canteiro de obras da Transnordestina, na construção de uma ponte que corta o rio Canindé. Informações são de que uma estrutura de ferro montada pelos operários desabou. A obra é de responsabilidade da empresa Odebrecht que diz garantir total apoio às vítimas, assim como o prefeito de Paulistana, Luis Coelho. A prefeitura do município, juntamente com a polícia local, disponibilizou ambulâncias para o resgate dos feridos. Os casos mais graves foram transferidos para o município de Picos. O primeiro operário morto foi identificado como sendo Cícero João da Rocha. Será que haverá a mesma atenção aos das vitimas da "Barragem de Algodões?"
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