DEBATE PRESIDENCIÁVEIS - "LIBERDADE DE IMPRENSA",AQUECE DISCUSSÃO

dos convidados, só a petista não enfrenta o calor NE

      Criação do 13.º salário para o programa Bolsa-Família e ampliação do número de beneficiários do programa no Nordeste em mais 2 milhões de pessoas foram anunciadas, ontem, pelo candidato tucano à Presidência da República, José Serra, durante debate promovido pelo SBT/TV Jornal, no Recife. "O atual governo foi continuador (do Bolsa-Família). Nós vamos mais longe", defendeu o candidato ao lembrar que o Bolsa-Família - que atualmente atende 6,3 milhões de famílias na região - nasceu no governo Fernando Henrique, quando foram implantados os programas Bolsa-Escola e Bolsa-Alimentação.

A ausência da petista Dilma Rousseff, que alegou "problemas de agenda", provocou duras críticas dos adversários. Serra foi o mais enfático. "Porque a Dilma não vem? Já são mais de dez oportunidades, entre debates e entrevistas, que ela simplesmente se nega a falar. Será que é receio de debater, de argumentar?", questionou o tucano.

De acordo com números da última pesquisa Datafolha, a petista tem 65% das intenções de voto na região Nordeste, contra 18% de Serra e 7% de Marina.

CONSELHO FEDERAL DE COMUNICAÇÃO

     A liberdade de imprensa foi um dos temas que "esquentou" a discussão entre os candidatos. Enquanto Plínio defendeu a criação do Conselho Federal de Comunicação para, em suas palavras "controlar os donos das redes de televisão e de comunicação de massa", Marina mostrou-se contrária ao mecanismo, que classificou como "resquício da ditadura militar".

A criação de uma nova política de desenvolvimento para o Nordeste marcou outro ponto forte do debate, cujo foco foram os projetos para a região. O encontro foi retransmitido para 8 Estados por meio de 10 emissoras, com público estimado de 40 milhões de telespectadores.