Leonardo, material irregular... |
A delegação brasileira revoltou-se, brigou, bateu o pé e, afinal, o resultado foi revertido. "Se teve um erro, foi da sala de controle", explicou Alberto Silva, o Albertinho, que também é técnico de Cesar Cielo.
"Se deixaram passar com a touca na sala que controla exatamente essas coisas, como é que vai nadar e depois tirar (a medalha)? Ia marcar muito, não sei nem o que fazer com o garoto", completou.
Depois de todo o choro, Leonardo de Deus subiu ao pódio com um largo sorriso no rosto para ouvir o hino nacional. E voltou a cair em lágrimas antes mesmo de a melodia soar no sistema de som em Guadalajara. Depois do pódio, virou o personagem do dia e atendeu jornalistas de toda a América.
"Tentaram tirar a medalha de mim, mas quem bateu na frente fui eu. Dificuldades acontecem, mas é obrigação da organização verificar a touca, o traje, fazer a checagem", disse Leonardo.
"Passou um monte de coisa na minha cabeça, todas as horas de treino, o que eu abdiquei pela natação. Quando eu comecei a chorar, os colegas vieram me falar que ia reverter (a decisão), que não era possível que isso ia acontecer. Agora estou muito feliz e só tenho a agradecer a minha família, os brasileiros e a comissão técnica."
A prata acabou com o norte-americano Daniel Lawrence Madwed, com o tempo de 1min58s52. O bronze foi para o brasileiro Kaio Márcio, que era o favorito na prova. "Não foi legal, mas ficou uma medalha para o Brasil", disse Kaio.
No feminino, o Brasil ficou fora do pódio nas duas finais da segunda-feira. Joanna Maranhão acabou em quarto lugar nos 400m livre em prova vencida pela norte-americana Gillian Ryan. Nos 100m peito, Tatiane Sakemi foi a sexta colocada - o ouro foi para a americana Ann Catherine Chandler.
Agência O Estadão
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