O QUE POUCO SE DIVULGA SOBRE AS VERDADEIRAS CAUSAS DO CONFLITO
ÁRABE-ISRAELENSE. SÃO MUITAS AS OPINIÕES
SEM FUNDAMENTO DE PESSOAS QUE NUNCA ESTIVERAM NO ORIENTE MÉDIO.
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Punição aos inocentes... |
Aos que pensam que o diabo é judeu e o anjo é
árabe, ou, em versão infantil-marxista, o judeu é “opressor” e o árabe
“oprimido”, sugerimos a leitura abaixo:
*Dr. Moisés Eli Magrisso
Os fatos, esses, são algo mais complexos:
1-Os refugiados árabes, cerca de 725 000 pessoas, fugiram à frente da
guerra desencadeada em 1948 pelos Estados Árabes vizinhos. Sem
invasão árabe não só não haveria refugiados, como existiria desde 1948 um
estado palestino na Margem Ocidental e em Gaza.
2- Após a vitória, Israel legislou no sentido de permitir o regresso dos
árabes, desde que assinassem uma declaração de renúncia à violência e de
assunção da cidadania israelita. 150 000 árabes fizeram-no, juntando-se aos 170
000 que tinham ficado e que hoje são cerca de 1,4 milhões de cidadãos
israelenses, muitos são deputados, governantes, juízes no Supremo Tribunal,
professores, militares,etc.
COMO É QUE ISTO SE PASSOU?
No Outono de 1947, antes sequer do Plano de Partilha, ao árabes já
haviam decidido ir para a guerra, pelo que os ricos, cerca de 70 000, fecharam
as suas casas e retiram-se para Damasco e Beirute, tencionando regressar logo
que OS JUDEUS FOSSEM
LANÇADOS AOMAR, desfecho de que não
duvidavam, dada a desproporção de forças.
Atrás dos effendi (Árabes ricos) foram cerca de 100 000 árabes pobres,
(felas) assustados com o que lhes diziam que aí vinha. Foram instalados em
campos de refugiados.
“ A evacuação em massa instigada pelo medo e em parte por ordens dos
lideres árabes, ….”
(Time Magazine, 3 de Maio de 1948)
“ O fator mais importante na fuga dos palestinos, foi o anuncio do
Executivo Árabe Palestino instando todos os árabes de Haifa a partirem…Estava
claramente implícito que os árabes que ficassem seriam considerados renegados”
(The Economist, 2 de Outubro de 1948)
Ou seja, esta primeira vaga partiu na antevisão de uma guerra. Na altura
não havia guerra, não havia Israel e quem mandava era o Exército Britânico.
Em Dezembro de 1947, logo após o Plano de Partilha (29 de Novembro) começou
a guerra, e nesta fase os
líderes árabes exortavam seu povo a abandonar as suas áreas para que os
exércitos árabes tivessem caminho livre, garantindo que, assim que a guerra
acabasse, poderiam regressar e ocupar as propriedades dos judeus.
“ O Secretário-geral da Liga Árabe, Azzam Pasha, garantiu aos árabes que
a ocupação seria um passeio militar…Foi dados aos árabes da Palestina o
conselho fraterno de deixarem as suas terras, casas e propriedades, para que
não fossem trucidados pelos exércitos árabes”
(Al Hoda, NewYork, 8JUn1951)
“Os árabes conduzirão as suas mulheres e crianças para locais seguros
até a luta ter terminado”
(Nuri Said, 1º Ministro iraquiano)
“ O êxodo deveu-se em parte à convicção dos arabes de que seria apenas
uma questão de semanas até que os judeus fossem derrotados “
(Edward Atiyah, Secretario da Liga Árabe, in “Os Árabes”, 1955)
Foram postos a circular na imprensa árabe, notícias de massacres,
cometidos pelos judeus, violações em massa, matanças de fetos e judeus
sanguinários a beberem o sangue das crianças.
Arafat, na sua biografia autorizada da autoria de Alan Hart, confessava
que as notícias sobre os “massacres”, espalhadas pelos egípcios, funcionaram
“como uma bandeira vermelha agitada em frente de um touro”.
Centenas de milhares de árabes partiram em pânico para os campos de
refugiados, mesmo de cidades protegidas e controladas pelo exército britânico.
Em Março de 1948, os britânicos retiraram e 8 exércitos árabes, passaram
ao ataque. Face à derrota árabe, mais árabes fugiram.
Em Fevereiro de 1949, em Rodes, Israel prontificou-se a devolver as
terras da Partilha que tinha ocupado na batalha, se os árabes assinassem um
tratado de paz. Os refugiados regressariam e o problema terminaria aí.
Os árabes rejeitaram a proposta porque isso equivaleria a reconhecer
Israel.
Abba Eban dizia: Os palestinos nunca
perdem uma oportunidade de perderem uma oportunidade
Em Lausana, em Setembro de 1949, Israel ofereceu-se para receber 100 000
refugiados, mesmo sem tratado de paz. Os árabes recusaram pela mesma razão.
Os refugiados eram agora apenas uma arma de arremesso e os porta-vozes
egípcios diziam-no claramente:
“ Manteremos os refugiados nos seu campos até a bandeira palestina
flutuar em toda a região. Só regressarão a casa como vencedores, sobre as
sepulturas e os corpos dos judeus”.
É pois evidente que o problema dos refugiados foi criado sobretudo pelos
estados árabes que desafiaram a ONU, invadiram Israel, encorajaram os árabes a
fugir e os mantiveram deliberadamente num estado de miséria para fins
propagandísticos, usando-os como alavanca moral na batalha pelos corações e
pelas mentes, tendo em vista a perpetuação do estado de guerra contra Israel.
O diminuto papel de Israel restringiu-se a contextos militares
específicos e a atos isolados que infelizmente acontecem em todas as guerras.
Até 1967, tanto a faixa de Gaza como a Margem Ocidental estiveram sob
ocupação egípcia e jordaniana, sem que esses países permitissem a criação do
estado palestino, mantendo os refugiados encerrados nos campos.
Em 1967, na sequência de uma nova guerra desencadeada contra Israel,
este país assumiu a autoridade nesses territórios tendo o nível de vida dos
árabes aí residentes triplicado até 1992. Foram também acolhidos milhares de
refugiados vindos da Jordânia, ao abrigo da política de “pontes abertas” ao longo
do Rio Jordão, tendo sido criados na Margem Ocidental mais de 250 novas
colônias árabes, cuja população subiu de 650 000 em 1967, para 2 milhões em
1994.
Em 1993, os territórios foram transferidos para a AP e o nível de vida
degradou-se, sendo hoje o seu PIB quase 15 vezes mais baixo do que era.
Hoje em dia, quando aos palestinos exigem o “direito de regresso”, não
se referem aos sobreviventes dos 725 000, mas aos seus descendentes, ou seja,
cerca de 5 milhões de pessoas, exigência descabida e inaceitável para Israel,
porque nenhuma lei internacional a sustenta. Mesmo que venha a ser estabelecida
a paz entre Israel e quem representa os palestinos, o estatuto legal de
refugiados só se poderá aplicar aos que restam dos 725 000.
A História ajuda-nos todavia a relativizar este problema:
-Entre 1949 e 1954, como vingança pela derrota de 1948, 800 000 judeus
foram expulsos do Iraque, Marrocos, Tunísia, Jordânia, Irão, etc, tendo sido
despojados de tudo o que tinham. Muitos deles foram para Israel e integraram-se
na sociedade, sem o apoio da ONU, sem choradinhos vitimizadores e sem exigência
de “direito de regresso”
Não constam sequer no horizonte mental dos que apóiam a causa palestina.
-Em1922, a guerra greco-turca provocou o deslocamento de 1,8 milhões de
pessoas. Não há campos de refugiados.
-Após a 2ª Grande Guerra, mais de 3 milhões de alemães foram expulsos de
países eslavos. Não há campos de refugiados na Alemanha.
-Na sequência da descolonização exemplar, centenas de milhares de
portugueses foram expulsos dos territórios africanos. Não há campos de
refugiados em Portugal.
Ou seja, todos os casos foram resolvidos exceto o dos 725 00 árabes que
deixaram Israel em 1948 e que foram mantidos em campos de refugiados de
propósito, com o objetivo de manter vivo o conflito, e se fazerem de vítimas,
vivendo às custas da ONU.
“Os estados árabes conseguiram disseminar o povo palestino e destruir a
sua unidade” (Abu Mazen,)
“Desde 1948 os líderes árabes usaram, o povo palestino para fins
políticos”
(Rei Hussein, da Jordânia, 1996)
“Abu Mazen acusa os estados árabes de serem a causa do problema dos
refugiados palestinos. Os árabes não querem
resolver o problema dos refugiados. Querem mantê-lo como ferida aberta”
*DR. MOISÉS ELI MAGRISSO - CREMERS 8708
Clínico Geral e
Médico do Trabalho
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