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Tenho observado que alguns técnicos de pouca experiência da Vigilância Sanitária, mas que tem o poder da caneta, tem os olhos voltados para a população de poder aquisitivo compatível com a possibilidade de uma consulta particular ou de um bom convênio para o fornecimento de uma receita de anticoncepcional, esquecendo porem, que para a população mais pobre, resta as enormes filas de postos de saúde, que não conseguem atender sequer 20% da população enferma, quanto mais gastar as poucas fichas disponíveis, no fornecimento destas prescrições.
Afora isto, estes postos trabalham em horário comercial. Será que as empresas irão liberar suas operárias saudáveis e produtivas, para passarem horas e horas na fila de um posto de saúde, apenas para receber uma receita que serve somente para um mês? Ou alguem tem ideia de quantas adolescentes terão uma gravidez precoce pela dificuldade de acesso ao anticoncepcional? Ou de quantas mulheres de extrema pobreza e com uma prole numerosa, terão mais filhos devido ao absurdo desta exigência?
Nem mesmo os efeitos colaterais pelo uso inadequado destes medicamentos, serão mais danosos para as mulheres, do que a gravidez indesejável, sobretudo para as populações de baixa renda. Mesmo porque, as consultas de características subliminares, típicas de postos de saúde onde normalmente as pacientes não são e nem serão examinadas, o uso dos anticoncepcionais virão acompanhados dos mesmos efeitos colaterais, o que comprova definitivamente que esta exigência só irá trazer consequências desastrosas para a população sexualmente ativa e para toda a sociedade.
Dr.Moisés Eli Magrisso - CREMERS 8708
Clínico Geral e Médico do Trabalho
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