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Antônio Filho, "Agespisa fatura mas, não recebe" |
Cumprindo convocação do deputado Evaldo Gomes (PTC), o presidente da Agespisa - Empresa de Águas e Esgotos do Piauí SA, Antônio de Almeida Filho, compareceu à Assembléia Legislativa do Piauí-Alepi para apresentar justificativas sob a falta de planejamento e gestão daquela estatal que apresenta 'divida impagável'. A visita de Antônio Filho ao legislativo mor do Piauí foi acompanhada pelos servidores da Agespisa, que apresentaram protestos contra projeto de subdelegação; o presidente confirma aos parlamentares: a Agespisa tem uma dívida impagável que, segundo ele, chegou a R$ 1,1 bilhão por falta de planejamento e gestão.
Antônio Filho disse que a Agespisa fatura, mas não recebe. "E isso não é de competência só do presidente, mas de todos os funcionários. A Agespisa não tem sistema de administração financeira. Paga-se a toque de caixa e não há planejamento que resista a isso. Não há como pagar os débitos", esclareceu. Segundo o presidente, a conta chegou a uma situação em que a dívida é impagável.
Pelo contrato firmando entre o Governo do Estado e a Prefeitura, a Agespisa, deveria ainda este ano, ampliar o sistema de esgoto para pelo menos 25% da cidade e o abastecimento chegar a 89 % da população. "Ainda não saímos do lugar", lamentou Antônio Filho.
A subdelegação prevê a transferência de 30% dos serviços de abastecimento d'água e de esgotamento sanitário para empresa privada, mas ainda está em estudo na Prefeitura e no Tribunal de Contas do Estado. Antonio Filho confirmou aos deputados que nem o prédio da Agespisa é mais de propriedade da empresa, porque foi dado como garantia a credores ainda não pagos. "O prédio, que é cartão postal de Teresina, foi dado como garantia a três credores, por débitos trabalhistas e fornecimentos não pagos. Mas isso não aconteceu na nossa gestão, não é de agora", informou.
"A solução para o problema do abastecimento d'água e saneamento básico na capital já não passa mais apenas pela Agespisa. É uma tarefa que deve ser executada com o apoio de todos os cidadãos e de parceiros. Ou se toma uma providência ou os danos serão irreversíveis", advertiu presidente. Ele pediu que os deputados e a população vejam a subdelegação de forma técnica e politicamente isenta. O Sindicato dos Urbanitários é contra a subdelegação. A entidade alega que é o início da privatização da Agespisa.
Via Edição Edgar Rocha
Rg.com
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