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Por fim, cita como agravantes "as características inadequadas do espaço, em termos de sinalização, tamanho e localização das saídas de emergência", que "dificultaram a evacuação", além da "aparente falta de treinamento para situações de emergência e a ausência de equipamentos de comunicação da equipe de segurança do local".
Para evitar que desastres semelhantes se repitam, o Crea-SP sugere medidas como: a criação de um Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico, que poderia ser estadual ou nacional, e a proibição de licenciamentos provisórios de atividades de risco sem alvarás expedidos pelo Corpo de Bombeiros.
Espuma. "Tudo leva a crer que foi um conjunto de circunstâncias que levaram à tragédia. Mas foi a espuma sem retardante (material que dificulta a queima) que gerou a fumaça", disse ontem o delegado Marcelo Arigony, responsável pela investigação, ao lado de outras autoridades do Estado. Para o secretário de Segurança Airton Michels, houve "um compartilhamento de responsabilidades", sugerindo omissão da prefeitura de Santa Maria. "Em qualquer lugar do mundo, quem controla o prazo dos alvarás?"
Ontem também surgiu a informação de que a espuma de vedação acústica usada na Kiss foi comprada em uma loja de colchões da cidade. Segundo a RBS TV, afiliada da TV Globo, o dono do comércio disse que o material foi comprado diretamente da fábrica, após encomenda dos responsáveis pela obra na Kiss. A loja ainda forneceria a mesma espuma para consultórios, igrejas e hospitais.
Na manhã de ontem, cerca de três mil alunos, funcionário da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e parentes de vítimas participaram de um ato ecumênico no câmpus. Entre alunos e ex-alunos, a UFSM perdeu 116 pessoas - foram acesas 116 velas durante a cerimônia.
O ESTADÃO
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