Há
uma lógica de que todo avanço traz muitos benefícios, mas alguns contratempos.
Isso na telefonia móvel parece se inverter completamente essa regra.
Assim
como qualquer outro, quando um serviço de telefonia é contratado, a relação
estabelecida deveria ser entre o cidadão e a empresa. Mas na prática tem ido
muito além.
No
início da aquisição, tudo parece normal. Não tão regular assim. No momento do
contrato, alguns serviços, aplicativos e acessórios são oferecidos. Em seguida
há um recuo estratégico e as ofertas diminuem. Algum tempo depois, a todo
instante entram ofertas, sugestões, sorteios e brindes de toda natureza.
Assemelha-se
às bondades de fim de ano. É um festival de gente querendo salvar o mundo, mas
sempre na direção do bolso alheio. Até compreensível no caso das instituições,
porque a finalidade delas é essa.
Com
relação às empresas não deveria ser assim. Quando se compra um telefone o que
se pretende, em essência, é fazer e receber ligações; passar e receber
mensagens, enfim, uma comunicação de imediato com outras pessoas.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjd5Q0eVUi2F05zPUxnwIxJH9UMP1WzMJtciuvvdTzQer6fHcpE5sUYLvAkIke4JHPwkV-E0X3uDX2ZjX5yCKKkLj-JOMz8Xpe9MTRc0Hlth7rkp7OaxeB0tYbEjfKDKk051PJrgEoOMfo/s1600/ninguem-merece-ficar-sem-sinal.jpg)
Nada
contra as ofertas, mas deveriam ser mais claras quanto à anuência do
proprietário, deveriam ter bloqueadores com facilidade de acesso e,
principalmente, meios de cancelar com mais clareza e rapidez. É um deus
nos acuda para desfazer algum desses serviços que a pessoa adquire pela pressa
e sem nem saber o que está aceitando.
Além
de ser necessário um maior controle por parte das próprias operadoras e
da Agência Reguladora, as autoridades deveriam intensificar uma fiscalização
maior e punir os abusos que se tornaram invasivos e insuportáveis nos últimos
tempos.
Pedro Cardoso da Costa –
Interlagos/SP
Bacharel em direito
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